Resultados do marcador: Ilha do Bananal

Diálogo também abordou investimentos, direitos das mulheres indígenas e reestruturação da Funai

Idoso desapareceu na Aldeia Kutaria, localizada no noroeste da ilha, no município de Pium

Residencial Ilha do Bananal fará parte do Programa Minha Casa, Minha Vida – Entidades e ficará na região das Arnos

Área atingida pelas chamas ultrapassa o tamanho da cidade de São Paulo em mais de cinco vezes

Em 2020, Sinair Oliveira da Silva atacou a vítima com uma faca, tentando matá-la

Brigadistas utilizam tecnologia avançada para combater chamas; dois meses de estiagem ainda pela frente

Instituto Chico Mendes prevê que os incêndios continuem pelos próximos dois meses. Jalapão também combate incêndios.

*Altair Sales Barbosa
Desde dos meus tempos de estudante do antigo ensino primário e ginasial que aprendi lendo os livros de geografia e também com os meus professores, que o Brasil possuía a maior ilha fluvial do mundo. A Ilha do Bananal, formada pela bifurcação do rio Araguaia que mantinha seu braço esquerdo com o nome de Araguaia e o braço direito com o nome de Javaé, denominação tomada emprestada dos índios Javaé, pertencentes ao mesmo grupo linguístico da nação Karajá. Estes últimos, habitam mais às margens do Araguaia, enquanto que os Javaé estão mais nos domínios das águas do rio Javaé.
A junção dos dois braços, ocorre próximo à cidade de Formoso, hoje Estado do Tocantins. Por força da minha formação universitária, por várias vezes fazia visita regular a então Ilha do Bananal para estudos antropológicos e geológicos. Era comum adentrar à ilha pelo Javaé, para isto atravessávamos nossos carros em balsas, com capacidade de transportar até três caminhões.
O tempo foi passando e trouxe para a realidade novos projetos, com base em novas tecnologias, fato que foi acompanhado de grandes transformações ambientais e sociais em todo vale do rio Araguaia e adjacências. Segundo o geólogo Maximiliano Bayer da UFG, a cada ano o rio Araguaia fica mais largo e menos profundo, consequência das grandes modificações ocorridas no vale.
Com o incremento desses grandes projetos e a criação do estado do Tocantins, que transformou o Projeto Rio Formoso no maior projeto de irrigação do estado, para produção de grãos e melancia, caracterizado pela implantação de barramentos, em áreas sem aptidões para tal, a introdução de pastagens exóticas no interior da Ilha para o sustento do agora já grande pastoreio, todas essas ações foram minando as águas do Javaé até chegar a situação atual, que causou o desaparecimento do braço direito do Araguaia e como consequência a extinção da maior ilha fluvial do mundo. Entretanto, para que possamos entender esse processo, torna-se necessário alargarmos um pouco o horizonte e compreendermos a sub- bacia hidrográfica do Araguaia como um todo.
A noção de que “rio novo” seja aquele que ainda esteja definindo o seu leito principal não é correta. Calcular a idade de um rio, tomando como base a quantidade de sedimentos que transporta, ou simplesmente atribuir o seu período de existência, associando-o a origem geológica dos terrenos percorridos por suas águas, não são parâmetros seguros, nem podem ser generalizados.
Meandros abandonados, ao invés de significarem indícios juvenis, podem significar indícios de longevidade. Devem ser vistos como capítulos da história evolutiva de um rio. O transporte e o depósito de sedimentos dependem das formações geológicas regionais e das feições geomorfológicas. Se a idade geológica dos terrenos fosse também o único padrão utilizado para determinar a idade de um rio causaria uma extrema confusão.
O rio Araguaia, percorre terrenos Paleozóicos com milhões de anos, como também percorre terrenos bem recentes, que ele próprio formou pelo transporte de sedimentos, que às vezes não atingem o tempo de um século.
O tempo de vida de um rio pode ser definido por vários fatores, como largura e extensão da bacia hidrográfica, pelos fenômenos geológicos ocorridos regionalmente, pela história evolutiva que possibilitou a formação das paisagens etc. Entretanto, nada disso é compreensível, se não tivermos em mente que um rio não cresce para baixo, mas para cima, sempre à montante.
Nesta perspectiva, o rio Araguaia pode ser considerado como um dos mais antigos da história hidrográfica moderna da América do Sul. Teve suas origens associadas aos fenômenos de ordem geológico, climático e geomorfológicos, que formaram as paisagens modernas do Planeta, ou seja, as paisagens que existem atualmente e que tiveram seu início no alvorecer da Era Cenozóica, por volta de 65 milhões de anos antes do presente. Esta idade, refere-se apenas a uma fração de tempo, em relação às primeiras paisagens da Terra que datam de 4 bilhões e 600 milhões de anos, mas, por outro lado é o mais antigo capitulo evolutivo da história recente do planeta Terra.
A história do rio Araguaia está associada aos fenômenos que contribuíram para a consolidação do Sistema Biogeográfico do Cerrado. Os movimentos epirogenéticos ou subida lenta de grandes áreas que formaram o Planalto Central Brasileiro, mudaram a direção de alguns cursos d’água que hoje correm para o Araguaia e possibilitaram que o próprio rio Araguaia começasse uma trajetória que o levasse através do Tocantins/Amazonas até o oceano Atlântico.
O rio Araguaia nasce em território goiano, na borda norte de uma extensão de área sedimentar de idades que vem desde a Era Paleozóica. Área esta, denominada geologicamente de Bacia Sedimentar do Paraná, em cotas próximas a 900 m, na região do entorno do Parque Nacional das Emas, no Município de Mineiros.
No curso de seus primeiros 300 km, o rio Araguaia corre em rochas sedimentares, com seu vale bem encaixado, seguindo a estrutura dessas rochas, até atingir a planície do Bananal. A principal feição geológica nesse trecho é o Domo do Araguainha, estrutura de impacto de meteoro, que embora tenha seu núcleo em Mato Grosso na cidade de Araguainha, possui grande influencia na geomorfologia do curso superior do Araguaia.
No início da planície do Bananal, afloram rochas gnáissico-granítica e vulcano sedimentares de idade Pré-Cambriana, que formam, geologicamente falando, o embasamento ou substrato da grande bacia sedimentar do Paraná.
Desde sua nascente, até a planície do Bananal, o rio Araguaia desce de cotas de 900 m. para cotas próximas de 300 m, adquirindo feições de rio juvenil encaixado, passando, a partir da planície, a desenvolver seu percurso sinuosamente em meandros, evidenciando assim formas geomorfológicas com características de rio de curso normal. A partir da planície, também podem ser observados afloramentos de rochas Quaternárias de deposição recente em contato sobreposto às rochas Pré-Cambrianas.
A planície do Bananal é uma extensa fossa tectônica em atividade, que tem o seu fundo, já subsidio em aproximadamente 5.000 m. desde o período Cretáceo e continua neste processo dinâmico de movimento descente.
O comportamento dessa fossa tectônica termina na sua ponta norte, já no Estado do Tocantins, extremo norte da Ilha do Bananal. A partir deste ponto o rio adquire uma nova feição juvenil, encaixado em rochas estritamente Pré-Cambrianas até sua barra no rio Tocantins, junto à cidade de Marabá, na região conhecida como Bico do Papagaio.
O rio Araguaia é alimentado no seu curso superior por águas do aquífero Guarani, associado às formações geológicas Botucatu e Bauru, a partir do seu curso médio os aquíferos Urucuia e Bambuí são responsáveis maiores pela sua alimentação. A recarga desses aquíferos depende da água da chuva que cai nos chapadões e sua absorção pela vegetação nativa do cerrado. Todavia, esses aquíferos se encontram em situações melindrosas, porque não estão sendo recarregados o suficiente, para manter a perenidade e o fluxo d’água, para as nascentes, córregos e afluentes que alimentam o Araguaia.
Diante do exposto, pode-se colocar a seguinte indagação: Por que o rio Araguaia ainda não desapareceu? Felizmente conhecemos algumas respostas. A principal se refere aos níveis dos lençóis freáticos, que são aqueles depósitos acumulados durante os dois últimos períodos chuvosos. A água destes lençóis, em função da declividade do terreno escorre direto para a calha do grande rio. Estes lençóis ainda se encontram em condições razoáveis de preservação, tendo em vista as condições pluviométricas que se tem mantido constante e a condição dos ambientes ciliares, razoavelmente preservados.
Com a possibilidade de redução dos ambientes ciliares, pelas mudanças propostas para o Código Florestal Brasileiro, grande parte do lençol freático, será inevitavelmente afetada ao longo do rio, o que resultará numa diminuição drástica do seu volume de água, num processo crescente, até afetar a vida do próprio rio.
Diferentemente dos sólidos, a água não possui força de resistência, fluindo em qualquer tipo de declividade. O escoamento das águas pluviais depende da capacidade de infiltração. Se a água da chuva encontra um solo desprotegido, sem vegetação original, a infiltração diminui acentuadamente aumentando a velocidade do escoamento superficial, causando erosões e assoreamento.
Correntes fluviais recebem água de vários pontos, incluindo o fluxo laminar e chuva que cai diretamente nos canais. Entretanto, o fluxo de canal proveniente das chuvas, é um fenômeno efêmero. O que mantém a perenidade de um rio é a água fornecida pela umidade do solo e pelos aquíferos. Em ambos os casos a retirada da cobertura vegetal reduz a umidade do solo e a reserva de água nos aquíferos, fatores que afetam diretamente a vida de um rio.
O rio Araguaia em função de sua história evolutiva, e, também porque já atingiu seu estágio de equilíbrio, num tempo mais curto que possamos imaginar se transformará num ambiente desolador, triste e sem vida, se as modificações ambientais na sua sub-bacia continuarem crescendo no ritmo em que se encontra.
Infelizmente, o progresso em ciência não é fácil. Os argumentos que, finalmente, levam a ciência a avançar são muitas vezes desagradáveis. Nós pesquisadores, não temos ainda total domínio de tecnologias eficazes para recuperação de áreas com degradação acentuada. Portanto, se quisermos evitar um desastre ambiental e uma convulsão social futura, o melhor caminho é a preservação.
Voltando aos parâmetros específicos da Ilha, esta foi descoberta em julho de 1773 pelo sertanista José Pinto Fonseca. Inicialmente recebeu o nome de ilha de Santana. O nome Bananal surge em virtude da grande quantidade de pacova existente no seu interior. Trata-se de uma planta cujas folhas se assemelham a bananeira, originária da Índia.
A Ilha do Bananal sempre foi considerada um laboratório vivo, tanto do ponto de vista da geologia, como da vida silvestre e da antropologia. É reserva ambiental brasileira desde 1959 e considerada reserva da biosfera pela Unesco desde 1993. Na realidade dentro dos limites da antiga Ilha do Bananal existem 4 unidades de conservação. Na parte sul se encontra a Terra Indígena Parque do Araguaia, ao norte está o Parque Nacional do Araguaia, ao qual se sobrepõe a Terra Indígena Iñawébohona, a nordeste e a Terra Indígena Wyhyna/Iròdu Irana ao norte.
Entretanto a Ilha do Bananal, também foi vista como área estratégica para conquista dos Sertões de Dentro. E, nesta perspectiva Getúlio Vargas, então presidente do Brasil a visita em 1940 para sedimentar a partir de então o grandioso empreendimento denominado Marcha para o Oeste, com o objetivo de contactar índios arredios e estabelecer um plano para o povoamento do interior do Brasil. As idéias de Vargas são retomadas por Juscelino Kubitschek, que chega a ordenar a construção de um hotel na Ilha, com talheres em prata e taças de cristal, para incrementar o turismo. E através da Fundação Brasil Central, Cria a Operação Bananal para com a ocupação da Ilha, também ocupar de forma intensiva o centro do Brasil. Todas essas iniciativas trouxeram heranças ruins para Ilha tais como: A criação de estradas e a introdução da criação do gado bovino.
A Ilha do Bananal desde tempos remotos foi o paraíso dos índios Karajá, cuja grande nação se divide em Javaé que habitam as margens do rio Javaé, dentro da ilha, e grupos menores como os Karajá de Aruanã e os Xambioá ambos habitantes do Vale do Araguaia. Mais recentemente outros grupos indígenas fazem incursões até a Ilha, como é o caso dos Tapirapé e dos Xerente. No final do século XX, um pequeno grupo de Avá-Canoeiro habita áreas do Parque Nacional do Araguaia, levados até aí por Apoena Meirelles.
Como já foi dito, a Ilha do Bananal sempre foi o paraíso dos Karajá e nesse ambiente esta Etnia criou toda uma cosmogênese recheada com elementos que a compõem, inclusive o mito das suas origens, que diz terem surgido das profundezas das águas. Imagino a força do impacto nas mentes dessas populações ao olharem para suas lagoas, seus rios interiores e o próprio Javaé e verem como também sentirem todos agonizando em meio a tanta penúria.
*Altair Sales Barbosa é pesquisador do CNPq, sócio emérito do Instituo Histórico e Geográfico de Goiás, professor convidado da Universidade Evangélica de Goiás e membro do Conselho da Revista Xapuri. Possui graduação em Antropologia pela Universidade Católica de Chile (1970), é doutor em Arqueologia Pré-Histórica pela Smithsonian Institution, National Museum of Natural History de Washington, Estados Unidos (1991).

Bruno Karajá está desaparecido desde o dia 21 de janeiro

Finalmente a Ilha do Bananal pode ser aberta à visitação. Ao menos para um tipo de público: o turista, especialmente aquele interessado em diversidade e disposto a pagar o preço da aventura. Pelo menos é o que tem sido propalado pelo governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Turismo em parceira com a Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot), seguindo as diretrizes do governo federal, envolvendo os ministérios do Turismo e do Povos Indígenas e a Funai.
A Ilha do Bananal é um santuário da biodiversidade encravado no coração do Brasil, no Estado do Tocantins, divisa com Goiás e Mato Grosso. É conceituado como um Écotono triplo e fica na região de transição entre os biomas do Cerrado, da Amazônia e do Pantanal. O local tem um valor inestimável para o desenvolvimento sustentável do país. Um território de mais 20 mil quilômetros quadrados, dividido entre duas unidades, o Parque Nacional do Araguaia e a Terra Indígena Parque do Araguaia, que se mantém fechado, não necessariamente preservado, como se pressupõe.
Quando se fala em Ilha do Bananal, o imaginário coletivo remete ao paraíso ecológico, mas é preciso lembrar que a Ilha cada vez mais tem se tornando um território em permanente disputa, uma ilha dos conflitos, que abriga uma série de atividades predatórias, como criação de gado, pesca, biopirataria, e até exploração turística, todas ilegais. Para se ter uma ideia a Ilha soma mais 140 posseiros e pelo menos 100 mil cabeças de gado, em regime de refrigério. Segundo dados do Ministério Público Federal (MPF) que tem apertado o cerco para reduzir os impactos dessa atividade, sem contudo, conseguir grandes avanços.
Se dentro da Ilha, um território protegido por lei federal, vigiado permanentemente por órgãos de fiscalização, as atividades ilegais causam enormes estragos, imaginem no entorno da ilha, onde em nome da produção tudo é permitido. A região é explorada por grandes projetos de irrigação para a produção de arroz, soja, melancia, dentre outras, em larga escala. A exploração intensa e incessante dos recursos hídricos, com barragens dos rios, está transformando a grande planície alagada em deserto seco, ameando o próprio conceito de Ilha, já que os rios que a formam estão secando.
A abertura para visitação, uma promessa antiga que se perdeu no tempo por falta de urgência com as questões ambientais, é vista sob duas perspectivas bem distintas: pode expor a realidade da Ilha do Bananal com as velhas práticas de exploração predatória inaceitáveis, contribuindo para mudanças necessárias, ou pode ajudar a acelerar este processo de destruição de forma irreversível.
A Secretaria de Turismo tem direcionado para a Ilha, eventos, considerados turísticos, como forma de testar a sua atratividade e criar condições básicas para o desenvolvimento do turismo. A pasta já realizou campeonato de pesca esportiva e conseguiu incluir a região do roteiro do Rally dos Sertões, que tem o deserto do Jalapão como um dos trechos mais desafiadores e emocionantes do circuito. Segundo o secretário Hercy Filho, as respostas são bastante favoráveis. O que indica caminho aberto para prosseguir no intento de abrir a Ilha aos turistas.
O governo tem pressa e trabalha com a perspectiva de iniciar um projeto piloto na Aldeia Horotory-Hawa, do povo Javaé, com entendimentos bem adiantados no que diz respeito ao ordenamento da atividade, e a partir daí ampliar a oferta para outras aldeias. Os indígenas, inclusive, estão passando por cursos de capacitação para receber visitantes.
O etnoturismo, variação do ecoturismo, ganhou força com a criação da Sepot em 2023, que apoia a iniciativa e que tem a interlocução junto aos povos indígenas. Os indígenas não são os maiores entusiastas dessa ideia, mas ao menos estão sendo colocados como protagonistas de um negócio assentado na ideia de valorização da cultura indígena.
Essa não é a primeira vez que o governo do Tocantins tenta transformar a Ilha do Bananal em uma província turística. Este desejo vem sendo alimentado desde a década de 50, quando o estão presidente Juscelino Kubistchek criou o Parque Nacional e chegou a iniciar a construção de um grande hotel e uma pista de poso para receber convidados, sobretudo do exterior. O projeto ficou pelo meio do caminho, mas a ideia nunca morreu de todo.
Em 1989, no período de implantação do Tocantins, o então governador Siqueira Campos, no afã de aumentar o número de municípios do novo Estado que foi criado com apenas 62 municípios, lançou o projeto de criação do município da Ilha do Bananal, de vocação turística. Organizou um “belo” projeto e convocou as lideranças indígenas para mostrar o que considerava uma ótima possibilidade de alavancar o desenvolvimento daquele território.
De forma curta e direta os indígenas recusaram o “belo” projeto por avaliar que município não trazia benefícios para os povos indígenas e oferecia sérios riscos à autonomia do seu território. Inconformado com a posição dos indígenas, o governador ameaçou transformar a Ilha em unidade de pesquisa e entregar o território às universidades. Diplomaticamente os indígenas ensinaram ao governador que ele não tinha poder para definir a destinação da Ilha, um território dos povos originários, sob a responsabilidade do governo federal. Siqueira teve que engolir seco, o “pito” e desistiu no município da Ilha.
A Ilha do Bananal fechada à visitação como é hoje custa muito caro e não está protegida, como se pressupõe. Pelo contrário, está sendo explorada por uma série de eventos que concorrem para ampliar o nível de gradação. Os defensores da abertura da Ilha do Bananal à visitação entendem que os olhos dos visitantes podem ajudar a denunciar as agressões ambientais, tendo em vista que ninguém se sente bem em pagar para visitar um “paraíso ecológico”, para ver agressões à natureza.
Ademais, os recursos arrecadados com a atividades de visitação pode efetivamente financiar ações e preservação. Desse ponto de vista a etnoturismo será bem-vindo. Representa uma esperança, neste mar de ameaças e incertezas. Pode representar uma inflexão na trajetória dessa tragédia ambiental anunciada.