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Presidente da Agência de Transporte de Palmas diz que não há redução da frota no 2º turno das eleições

Técnicos monitoram a circulação dos ônibus durante todo o dia de votação

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Tentativa de violação do sigilo do voto é registrada em Palmas no segundo turno das eleições municipais

Funcionário de escola tirou foto da urna e mandou para diretor no Jardim Taquari

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Justiça determina que Prefeitura de Palmas mantenha frota de ônibus de dias úteis neste domingo; gestão diz que circulação está normal

Medida atende demanda da coligação União de Verdade, encabeçada pela candidata Janad Valcari (PL) que alegou supostas irregularidades no transporte coletivo da capital 

Votação
Justiça Eleitoral registra 33 ocorrências solucionadas no começo do segundo turno em Palmas 

Conforme o TRE, nenhuma substituição de urna foi necessária até este momento 

Esporte
Estudante tocantinense conquista primeiro lugar em competição internacional no Bahrain

Hentony dos Santos, de Araguanã, é o primeiro atleta do estado a ser convocado para o evento

Cultura
Aluísio Cavalcante realiza show de lançamento do compacto “Fruto Rebeldia” em Taquaruçu

O compacto "Fruto Rebeldia" marca a estreia da carreira solo de Aluísio Cavalcante, cantor e compositor tocantinense residente em Minas Gerais. A nova produção fonográfica chegou às plataformas digitais no final de setembro e será celebrada com um show de lançamento no próximo domingo, no Birosca, localizado na Praça Joaquim Maracaípe, em Taquaruçu.

O espetáculo musical de domingo incluirá as novas canções, além de outras composições de Cavalcante, parcerias com compositores de diferentes regiões do Brasil e releituras de raridades da música brasileira. O artista antecipou: “Preparamos um repertório muito especial para esta noite de lançamento, com bastante diversidade rítmica e vários climas ao longo do show”.

Aluísio Cavalcante se apresentará ao lado de Ricardo Carlim (guitarra), Diego Britto (contrabaixo) e Jefter Costa (bateria). A DJ GabGrammont fará a abertura e o encerramento do evento, intercalando as apresentações com duas sessões de discotecagem, seguidas pela banda palmense Kanichi.

Músicas e influências
No novo trabalho, Cavalcante traz duas canções inéditas que refletem os caminhos estéticos escolhidos para este novo ciclo. A faixa título, que conta com versos em parceria com o poeta maranhense Celso Borges, revela suas raízes na cultura popular, integradas aos grooves urbanos e à psicodelia dos anos setenta. Com riffs de guitarras lisérgicas, Aluísio compartilha memórias da infância entre Goiás e Tocantins, oferecendo uma visão do seu imaginário.

“(…) nos quintais, as cercas que arrancaram / bem antes d´eu passar por aqui alargaram as tardes, me animaram / a buscar os caminhos que eu não vi encontrei senda aberta, vez em quando / noutras, peito aberto a rasgar o dia sou(l) feito daquelas que queimaram / daqueles que arderam e hoje me irradiam.

A canção “Dobra”, em parceria com Gregory Carvalho, traz referências da música preta norte-americana, criando uma atmosfera urbana que explora os paradoxos do amor. Com versos que transmitem "certeza e dúvida" e o "copo da nossa dor", a letra sugere que o amor, mesmo em sua plenitude, é complexo. A linguagem é íntima e cotidiana, refletindo a rotina de saudades e reencontros: "Se fosse lá, cê vinha" e "Basta você chegar chegando", aproximando o ouvinte dessa relação onde tempo e espaço se tornam maleáveis: "A gente esconde o tempo e o espaço nas dobras do nosso amor".

O compacto “Fruto Rebeldia” foi gravado em Londrina (PR), sob direção musical e produção artística de Aluísio, com arranjos e produção coletiva. A equipe envolveu Mariana Franco (contrabaixo), André Coudeiro (bateria), Daniel Loureiro (guitarra) e as contribuições vocais e guitarras do próprio compositor. A gravação, mixagem e masterização ficaram a cargo do engenheiro de som Marco Aurélio, no Estúdio Toque Grave.

Sobre Aluísio Cavalcante
Aluísio Cavalcante cresceu influenciado pelos povos do cerrado, beradeiros dos rios amazônicos e cantos do sertão, absorvendo a riqueza sonora do Brasil Central desde a infância. Nascido em Goiás, criado no Tocantins e vivendo nas montanhas sul-mineiras há uma década, formou o grupo Guaimbê, com o qual lançou dois álbuns, “Mar de Algaroba” (2021) e “Lição de Faveira” (2024). Suas canções conquistaram o Prêmio de Música das Minas Gerais em 2021 e 2022, além de serem finalistas em outros festivais nacionais, como o Festival Rádio MEC. Em parceria com o compositor e produtor pernambucano André Macambira, produziu e interpretou canções de seu pai, o poeta Gilson Cavalcante, no álbum “Cantigas e Quintais” (2022).

SERVIÇO:
Show de lançamento de #FrutoRebeldia de Aluísio Cavalcante
Atrações: 16h Dj GabGrammont
17h Kanichi
18h Aluísio Cavalcante
Quando: 3 de novembro, das 16h
Onde: Birosca, Praça Joaquim Maracaípe,Taquaruçu
Quanto: ingresso solidário sem valor

Artigo de Opinião
A Literatura Brasileira Tocantinense

Dr. Antônio Egno do Carmo Gomes (UFT)

Em 1988, com a promulgação da Constituição Federal, parte do território do norte de Goiás foi desmembrado, formando-se a 27ª. Unidade da Federação, o Estado do Tocantins. Todavia, para se delimitar o que chamamos de “Tocantins” e assim compreender adequadamente a literatura produzida nessa localidade, é preciso lançar mão sobretudo do critério geográfico-espacial e não meramente do administrativo-temporal, pois este restringiria muito e não faria justiça à longa história dos povos e culturas tocantinenses.

Assim, deve-se, independentemente do período histórico, considerar como tocantinense todas aquelas localidades que antes consituíam o chamado Norte-Goiano e que atualmente compõem oficialmente o território do Tocantins. Considerado esse critério, são tocantinenses os escritores e escritoras que nasceram em cidades ou regiões do que veio  a ser o Tocantins em sua atual configuração territorial. Portanto, as obras literárias desses autores, independentemente do período em que foram produzidas, constituem, desde sempre, a literatura no Tocantins.

Compreende-se, assim, que alguns autores classificados como “goianos” são também, e mais propriamente, tocantinenses. Mesmo tendo produzido e atuado no período anterior à divisão política do território de Goiás, tais autores nasceram, e alguns deles se criaram e outros viveram, nesse espaço que é atemporal mas que desde 88 passou a se nomear como tocantinense. Por isso, ao escrever seus trabalhos eles lançaram mão de vivências e olhares que, ao mesmo tempo, nasciam dessa ambientação e nela se configuravam, como também contribuíram para delinear o espaço simbólico e cultural que caracteriza o Tocantins. É o caso de escritores como o romancista Eli Brasiliense – originário de Porto Nacional-TO, mas considerado escritor goiano – e da poetisa Ana Braga, membro da Academia Goiana de Letras, mas nascida em Peixe-TO. 

Essa complexidade geográfica-temporal faz da cultura tocantinense uma cultura que amalgama duas histórias (uma anterior e outra posterior a 88) e dois espaços, que são, na verdade, duas ambientações que se sobrepõem no mesmo lugar físico: o território que em dado momento histórico passou a ser conhecido como norte-goiano e, posteriormente, passou a ser chamado de tocantinense.

A melhor maneira de lidar com essa configuração é considerar ambas sem abrir mão de nenhuma delas, para não cometer injustiças e amputações simbólicas e culturais que considero traumáticas e irreparáveis. Assim, o tocantinense é, também, goiano (no que se refere ao passado herdado, às formas simbólicas e culturais recebidas, aos temas e estilos literários continuados); assim como boa parte dos autores “goianos” são na verdade tocantinenses.

Todavia, além de [pós] goiano o espaço cultural tocantinense também é [pós] mineiro, pois já foi parte do território da Capitania de Minas Gerais (1720-1821) e, antes desta, da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro (1709-1720)... Um continuum de herança histórico-cultural que retrocede até os séculos XVI e XV, nos conectando com Portugal e com Espanha, em razão do Tratado das Tordesilhas e, por causa da mobilidade deste, também com exploradores franceses e holandeses. Uma genealogia identitária que sempre joga um lance para trás, semelhante àquela que liga o nome do território tocantinense ao rio que o atravessa, o qual recebeu seu nome da tribo perdida que o margeava, a qual por sua vez recebeu seu nome dos tucanos que a deslumbravam e que deslumbravam também os primeiros cronistas do século XVI.

Desse modo, para estabelecer uma convergência, proponho realçar nossa identidade, complexa no tempo e no espaço, como sendo, desde sempre brasileira; pois, independentemente do tempo (pré ou pós-88) e do lugar (capitania, província, comarca, norte-goiano, tocantinense), sempre fomos Brasil. Por isso, uma terminologia que contemplasse nossa identidade cultural e literária seria bem abrigada sob a rubrica de Literatura Brasileira Tocantinense.

Considerando-se, portanto, o critério espacial-temporal (o território e o marco bioitavo), essa Literatura Brasileira Tocantinense tem dois grandes momentos ou configurações: o Período Pré-88 e o Período Pós-88. No interior desses Períodos estão abrigadas suas épocas distintivas, das quais, no passado, a Época Colonial é a mais distante do marco e a Época Norte-Goiana a mais próxima dele. Entre as duas, estão as Épocas Bandeirante, Capitanial e Provincial. No presente, para cá do marco, temos a produção literária contemporânea, a Época Tocantinense.

O que se conclui é que nem a existência nem a identidade da literatura produzida no/para o/considerando o/a partir do Tocantins se restringem a 88. Desde que há território, há o que veio a se chamar Tocantins. Tudo aquilo que pode ser preservado, recuperado e publicado – do que se pensou, vivenciou e expressou nesse espaço, a partir dele, por causa dele, em favor dele, considerando-o – é Literatura Brasileira Tocantinense. Do mesmo modo, são escritores e escritoras tocantinenses todos aqueles que ao longo da história foram ativamente envolvidos nessa produção.

* Este artigo é parte de um estudo mais amplo intitulado de História da Literatura Brasileira Tocantinense.

** Professor de Teoria Literária na Universidade Federal do Tocantins.

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