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O compacto "Fruto Rebeldia" marca a estreia da carreira solo de Aluísio Cavalcante, cantor e compositor tocantinense residente em Minas Gerais. A nova produção fonográfica chegou às plataformas digitais no final de setembro e será celebrada com um show de lançamento no próximo domingo, no Birosca, localizado na Praça Joaquim Maracaípe, em Taquaruçu.
O espetáculo musical de domingo incluirá as novas canções, além de outras composições de Cavalcante, parcerias com compositores de diferentes regiões do Brasil e releituras de raridades da música brasileira. O artista antecipou: “Preparamos um repertório muito especial para esta noite de lançamento, com bastante diversidade rítmica e vários climas ao longo do show”.
Aluísio Cavalcante se apresentará ao lado de Ricardo Carlim (guitarra), Diego Britto (contrabaixo) e Jefter Costa (bateria). A DJ GabGrammont fará a abertura e o encerramento do evento, intercalando as apresentações com duas sessões de discotecagem, seguidas pela banda palmense Kanichi.
Músicas e influências
No novo trabalho, Cavalcante traz duas canções inéditas que refletem os caminhos estéticos escolhidos para este novo ciclo. A faixa título, que conta com versos em parceria com o poeta maranhense Celso Borges, revela suas raízes na cultura popular, integradas aos grooves urbanos e à psicodelia dos anos setenta. Com riffs de guitarras lisérgicas, Aluísio compartilha memórias da infância entre Goiás e Tocantins, oferecendo uma visão do seu imaginário.
“(…) nos quintais, as cercas que arrancaram / bem antes d´eu passar por aqui alargaram as tardes, me animaram / a buscar os caminhos que eu não vi encontrei senda aberta, vez em quando / noutras, peito aberto a rasgar o dia sou(l) feito daquelas que queimaram / daqueles que arderam e hoje me irradiam.
A canção “Dobra”, em parceria com Gregory Carvalho, traz referências da música preta norte-americana, criando uma atmosfera urbana que explora os paradoxos do amor. Com versos que transmitem "certeza e dúvida" e o "copo da nossa dor", a letra sugere que o amor, mesmo em sua plenitude, é complexo. A linguagem é íntima e cotidiana, refletindo a rotina de saudades e reencontros: "Se fosse lá, cê vinha" e "Basta você chegar chegando", aproximando o ouvinte dessa relação onde tempo e espaço se tornam maleáveis: "A gente esconde o tempo e o espaço nas dobras do nosso amor".
O compacto “Fruto Rebeldia” foi gravado em Londrina (PR), sob direção musical e produção artística de Aluísio, com arranjos e produção coletiva. A equipe envolveu Mariana Franco (contrabaixo), André Coudeiro (bateria), Daniel Loureiro (guitarra) e as contribuições vocais e guitarras do próprio compositor. A gravação, mixagem e masterização ficaram a cargo do engenheiro de som Marco Aurélio, no Estúdio Toque Grave.
Sobre Aluísio Cavalcante
Aluísio Cavalcante cresceu influenciado pelos povos do cerrado, beradeiros dos rios amazônicos e cantos do sertão, absorvendo a riqueza sonora do Brasil Central desde a infância. Nascido em Goiás, criado no Tocantins e vivendo nas montanhas sul-mineiras há uma década, formou o grupo Guaimbê, com o qual lançou dois álbuns, “Mar de Algaroba” (2021) e “Lição de Faveira” (2024). Suas canções conquistaram o Prêmio de Música das Minas Gerais em 2021 e 2022, além de serem finalistas em outros festivais nacionais, como o Festival Rádio MEC. Em parceria com o compositor e produtor pernambucano André Macambira, produziu e interpretou canções de seu pai, o poeta Gilson Cavalcante, no álbum “Cantigas e Quintais” (2022).
SERVIÇO:
Show de lançamento de #FrutoRebeldia de Aluísio Cavalcante
Atrações: 16h Dj GabGrammont
17h Kanichi
18h Aluísio Cavalcante
Quando: 3 de novembro, das 16h
Onde: Birosca, Praça Joaquim Maracaípe,Taquaruçu
Quanto: ingresso solidário sem valor

Pleito acontece amanhã, domingo, dia 27

Dr. Antônio Egno do Carmo Gomes (UFT)
Em 1988, com a promulgação da Constituição Federal, parte do território do norte de Goiás foi desmembrado, formando-se a 27ª. Unidade da Federação, o Estado do Tocantins. Todavia, para se delimitar o que chamamos de “Tocantins” e assim compreender adequadamente a literatura produzida nessa localidade, é preciso lançar mão sobretudo do critério geográfico-espacial e não meramente do administrativo-temporal, pois este restringiria muito e não faria justiça à longa história dos povos e culturas tocantinenses.
Assim, deve-se, independentemente do período histórico, considerar como tocantinense todas aquelas localidades que antes consituíam o chamado Norte-Goiano e que atualmente compõem oficialmente o território do Tocantins. Considerado esse critério, são tocantinenses os escritores e escritoras que nasceram em cidades ou regiões do que veio a ser o Tocantins em sua atual configuração territorial. Portanto, as obras literárias desses autores, independentemente do período em que foram produzidas, constituem, desde sempre, a literatura no Tocantins.
Compreende-se, assim, que alguns autores classificados como “goianos” são também, e mais propriamente, tocantinenses. Mesmo tendo produzido e atuado no período anterior à divisão política do território de Goiás, tais autores nasceram, e alguns deles se criaram e outros viveram, nesse espaço que é atemporal mas que desde 88 passou a se nomear como tocantinense. Por isso, ao escrever seus trabalhos eles lançaram mão de vivências e olhares que, ao mesmo tempo, nasciam dessa ambientação e nela se configuravam, como também contribuíram para delinear o espaço simbólico e cultural que caracteriza o Tocantins. É o caso de escritores como o romancista Eli Brasiliense – originário de Porto Nacional-TO, mas considerado escritor goiano – e da poetisa Ana Braga, membro da Academia Goiana de Letras, mas nascida em Peixe-TO.
Essa complexidade geográfica-temporal faz da cultura tocantinense uma cultura que amalgama duas histórias (uma anterior e outra posterior a 88) e dois espaços, que são, na verdade, duas ambientações que se sobrepõem no mesmo lugar físico: o território que em dado momento histórico passou a ser conhecido como norte-goiano e, posteriormente, passou a ser chamado de tocantinense.
A melhor maneira de lidar com essa configuração é considerar ambas sem abrir mão de nenhuma delas, para não cometer injustiças e amputações simbólicas e culturais que considero traumáticas e irreparáveis. Assim, o tocantinense é, também, goiano (no que se refere ao passado herdado, às formas simbólicas e culturais recebidas, aos temas e estilos literários continuados); assim como boa parte dos autores “goianos” são na verdade tocantinenses.
Todavia, além de [pós] goiano o espaço cultural tocantinense também é [pós] mineiro, pois já foi parte do território da Capitania de Minas Gerais (1720-1821) e, antes desta, da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro (1709-1720)... Um continuum de herança histórico-cultural que retrocede até os séculos XVI e XV, nos conectando com Portugal e com Espanha, em razão do Tratado das Tordesilhas e, por causa da mobilidade deste, também com exploradores franceses e holandeses. Uma genealogia identitária que sempre joga um lance para trás, semelhante àquela que liga o nome do território tocantinense ao rio que o atravessa, o qual recebeu seu nome da tribo perdida que o margeava, a qual por sua vez recebeu seu nome dos tucanos que a deslumbravam e que deslumbravam também os primeiros cronistas do século XVI.
Desse modo, para estabelecer uma convergência, proponho realçar nossa identidade, complexa no tempo e no espaço, como sendo, desde sempre brasileira; pois, independentemente do tempo (pré ou pós-88) e do lugar (capitania, província, comarca, norte-goiano, tocantinense), sempre fomos Brasil. Por isso, uma terminologia que contemplasse nossa identidade cultural e literária seria bem abrigada sob a rubrica de Literatura Brasileira Tocantinense.
Considerando-se, portanto, o critério espacial-temporal (o território e o marco bioitavo), essa Literatura Brasileira Tocantinense tem dois grandes momentos ou configurações: o Período Pré-88 e o Período Pós-88. No interior desses Períodos estão abrigadas suas épocas distintivas, das quais, no passado, a Época Colonial é a mais distante do marco e a Época Norte-Goiana a mais próxima dele. Entre as duas, estão as Épocas Bandeirante, Capitanial e Provincial. No presente, para cá do marco, temos a produção literária contemporânea, a Época Tocantinense.
O que se conclui é que nem a existência nem a identidade da literatura produzida no/para o/considerando o/a partir do Tocantins se restringem a 88. Desde que há território, há o que veio a se chamar Tocantins. Tudo aquilo que pode ser preservado, recuperado e publicado – do que se pensou, vivenciou e expressou nesse espaço, a partir dele, por causa dele, em favor dele, considerando-o – é Literatura Brasileira Tocantinense. Do mesmo modo, são escritores e escritoras tocantinenses todos aqueles que ao longo da história foram ativamente envolvidos nessa produção.
* Este artigo é parte de um estudo mais amplo intitulado de História da Literatura Brasileira Tocantinense.
** Professor de Teoria Literária na Universidade Federal do Tocantins.

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