De transporte público a decoração natalina: as polêmicas do fim de gestão de Cínthia Ribeiro
04 dezembro 2024 às 12h15
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A menos de 30 dias de encerrar seu mandato, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), enfrenta uma onda de críticas por decisões polêmicas e pela continuidade de problemas estruturais na capital. Medidas como a contratação emergencial de uma empresa para o transporte público, a realização do Programa de Recuperação de Créditos Fiscais (Refis) suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), e o uso de recursos do Fundo de Inovação e Desenvolvimento de Palmas (Fidep) para decoração natalina vem gerando questionamentos.
A contratação de uma empresa para manutenção e gerenciamento da frota do transporte coletivo, com um contrato de R$14 milhões por seis meses, levantou dúvidas. O problema agrava-se pelo cenário, apontado por muitos como caótico, do transporte público da capital, que sofre com ônibus sucateados, superlotação e um número insuficiente de veículos em circulação. Usuários também reclamaram do retorno da cobrança de tarifas aos fins de semana e feriados.
Outro ponto de tensão foi a tentativa da gestão de implementar o Refis, uma medida que, ao antecipar receitas futuras. O TCE interveio e suspendeu a ação, decisão posteriormente confirmada pelo Tribunal de Justiça.
As decorações natalinas de Palmas também causaram polêmica. Isso porque teriam sido utilizados recursos do Fidep, um fundo destinado a promover inovação e desenvolvimento econômico na decoração. A decisão gerou questionamentos sobre a destinação do recurso, especialmente porque se trata de um evento tradicional que deveria estar previsto no orçamento regular.
Além disso, as eleições para diretores escolares em Palmas se tornaram alvo de debate jurídico. O juiz Fabiano Marques, da 1ª Vara da Fazenda de Palmas, suspendeu liminarmente o processo eleitoral para escolha de diretores, que teria início na próxima segunda-feira. A decisão foi tomada em resposta a um mandado de segurança impetrado pelo advogado Albano Amorim contra o secretário de Educação, Fábio Barbosa Chaves. O edital de seleção apresentou inconsistências, como um prazo de impugnação iniciado antes mesmo da publicação oficial e um cronograma com erros evidentes, prevendo inscrições entre “18 de dezembro e 22 de novembro”. Depois de feitas as adequações exigidas, o edital está em vigor, com eleições marcadas para 18 de dezembro. O Jornal Opção Tocantins questionou a prefeitura sobre todos esses aspectos mas ainda não obteve retorno.