A Operação Carbono Oculto 86 identificou um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 5 bilhões por meio de uma rede de 49 postos de combustíveis nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins. Segundo o secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, trata-se do primeiro núcleo financeiro do PCC com atuação estruturada fora de São Paulo.

De acordo com o secretário, o grupo investigado utilizava negócios formais e investimentos ligados a um fundo sediado na região da Faria Lima, em São Paulo, para ocultar a origem dos recursos. A movimentação expressiva chamou a atenção das autoridades pela sofisticação do modelo operacional.

Apesar do volume financeiro e da conexão com o crime organizado, os investigados mantinham perfil de empresários e pessoas inseridas em ambientes sociais de alto padrão. Chico Lucas destacou que o grupo “frequentava os melhores lugares” e possuía relações próximas com figuras influentes, o que contribuiu para que a Justiça não decretasse as prisões preventivas solicitadas pelo Ministério Público.

O avanço das investigações ocorreu após o compartilhamento de informações entre o Ministério Público e o GAECO do Piauí e de São Paulo, permitindo rastrear a circulação dos valores e a atuação do esquema em diferentes estados. O secretário afirmou ainda que irá formalizar o pedido para inclusão da Polícia Federal no caso, que segue em andamento.

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*Com informações da Globo News