Cerca de um mês após o incêndio que destruiu grande parte da zona rural do Cedro, em Centenário, 21 famílias atingidas ainda estão sem acesso a necessidades básicas como água potável, alimento e abrigo. Com a perda total de plantações e pastagens, muitos moradores estão lutando para garantir a sobrevivência de seus animais e até mesmo a sua própria, enquanto aguardam apoio das autoridades.

Entre os relatos mais urgentes, uma moradora contou à Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) que, embora sua casa tenha sido poupada pelo fogo, a falta de água potável e a escassez de alimento colocam em risco tanto ela quanto seus animais. Sem recursos para comprar mais ração, ela teme perder seu rebanho. Outra família, afetada pela perda completa de sua lavoura, relatou problemas de saúde, com membros apresentando sintomas de diarreia, possivelmente causados pela água imprópria que estão consumindo. A situação é ainda mais grave por envolver uma criança de três anos.

Conforme a DPE, embora a Prefeitura de Centenário tenha formado uma comissão para lidar com a crise, as ações estão sendo retardadas por restrições legais impostas pelo período eleitoral. Até o momento, foi prometido o envio de caminhões-pipa para garantir o abastecimento de água, mas a Defensoria Pública alerta que medidas mais amplas e rápidas são necessárias, como a distribuição de alimentos, atendimento médico e apoio financeiro emergencial às famílias.

O Jornal Opção Tocantins solicitou posicionamento ao governo do estado para saber se algo está sendo feito para promover qualidade de vida às vítimas e aguarda retorno.