Mandante e PM acusados da morte do advogado Danillo Sandes vão a júri em Araguaína
05 setembro 2024 às 08h55
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Foi marcado para o dia 24 de setembro, o Tribunal do Júri em Araguaína, para o julgamento de Robson Barbosa da Costa e João Oliveira Santos Júnior, acusados de participação no assassinato do advogado Danillo Sandes Pereira. O advogado foi morto em julho de 2017 depois de desentendimentos com Robson a respeito de sonegação em um processo de inventário do pai do acusado. O julgamento está marcado para o dia 24 de setembro, no Fórum de Araguaína e será conduzido pelo promotor de Justiça Daniel José de Oliveira. Também irão compor a parte acusadora, um assistente de acusação, designado pela família da vítima e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por se tratar de um crime contra um advogado.
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) acusa Robson e João de homicídio triplamente qualificado: mediante pagamento, por motivo torpe e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Além dessa acusação, eles também foram acusados de associação criminosa e ocultação de cadáver. Robson também responde por posse ilegal de arma de fogo, uma vez que foi encontrado armamento em sua casa durante mandados de prisão e busca e apreensão. Robson Barbosa está atualmente na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP) e João Oliveira Santos, por ser policial militar, cumpre prisão no 1º Batalhão da Polícia Militar de Palmas.
Outros dois acusados de participação no crime, Wanderson Silva de Sousa e Rony Macedo Alves, já foram julgados e condenados. Em setembro de 2022 foram condenados a penas que 25 e 26 anos de prisão, mas o MPTO recorreu da sentença inicial alegando erros na dosimetria da pena, que não considerou as qualificadoras do crime. Após nova análise, os réus tiveram as penas aumentadas para 32 anos, e os desembargadores também pediram uma indenização de R$5 mil.
Entenda o caso
O advogado Danillo Sandes foi contratado pela família de Robson Barbosa para ser o inventariante dos bens deixados por seu pai. Após desentendimentos, onde o advogado suspeitou de sonegação de bens no processo, ele acabou renunciando da ação, mas permaneceu com a cobrança de seus honorários pendentes, após decisão judicial, Danillo, conseguiu que a família de Robson, tivesse que vender um caminhão para cumprir o pagamento da dívida. Esse fato teria irritado Robson que então contratou o policial militar Rony Macedo para orquestrar o assassinato do advogado.
Rony se juntou a outros dois acusados, Wanderson Silva e João Oliveira para armar uma emboscada para Danillo, matando-o em uma área rural. O advogado foi morto com dois tiros na nuca e seu corpo ocultado em um matagal, sendo encontrado quatro dias depois do crime.