Resultados do marcador: Assassinato

MFP denunciou o general José Antônio Belham e o coronel Rubens Paim Sampaio por homicídio e, por outros crimes, o coronel Raymundo Campos e os oficiais Jurandyr e Jacy Ochsendorf

“Zona Sul” é apontado como membro de facção criminosa e responsável por assassinato ligado ao tráfico

Ainda não se sabe se há relação entre as duas ocorrências

Crime aconteceu em 2020; vítima foi atingida por seis tiros e sobreviveu

De acordo com as investigações, o crime foi motivado por vingança

João Oliveira foi condenado por homicídio triplamente qualificado, associação criminosa, ocultação de cadáver e formação de grupo de extermínio

Alessandro Barros Soares foi atacado por um suspeito que já tinha uma passagem por homicídio cometido em 2020, segundo informações da Polícia Militar

Outros dois acusados de participarem do assassinato já foram julgados e cumprem pena pela morte do advogado

A Polícia Federal (PF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório de 87 páginas que indica que a Delegacia de Investigações de Homicídios do Rio de Janeiro não seguiu uma sugestão crucial para coletar imagens de câmeras de segurança que capturaram a fuga dos responsáveis pelo assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018. O documento, enviado na última sexta-feira, 9, destaca possíveis ações deliberadas para obstruir as investigações iniciais.
O relatório cita três principais envolvidos: Rivaldo França Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro; Giniton Lages, ex-titular da Delegacia de Homicídios; e o comissário de polícia Marco Antônio de Barros Pinto. De acordo com o documento, essas autoridades teriam atuado para proteger os responsáveis pelo crime, gerando novas suspeitas sobre o andamento do caso.
Obstrução de provas
A investigação sobre a obstrução começou após a prisão dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão em março, apontados como mandantes do assassinato. Conforme o relatório, o delegado Giniton Lages foi informado desde o início sobre a identidade dos possíveis executores, incluindo Ronnie Lessa, que foi preso em 2019 e confessou ser o autor dos disparos contra Marielle Franco.
A PF acredita que o inquérito foi conduzido de maneira a desviar as investigações das verdadeiras pistas e proteger os responsáveis pelo crime. Imagens de câmeras de trânsito e vigilância que poderiam esclarecer a rota de fuga dos assassinos não foram coletadas. Durante quase sete meses, a Polícia Civil focou em uma linha de investigação baseada em um falso delator, o ex-PM Rodrigo Ferreira, que incriminou injustamente o miliciano Orlando Curicica e o vereador Marcello Siciliano.
O atual secretário de Polícia Civil, Marcus Vinícius Amim, declarou em depoimento que, uma semana após o crime, tentou compartilhar suas suspeitas com Rivaldo Barbosa, mas foi orientado a procurar Giniton Lages. Mesmo após se encontrar casualmente com Lages e apresentar uma lista de suspeitos que incluía Ronnie Lessa, o delegado optou por não aprofundar as investigações, deixando de detalhar o itinerário completo dos executores.
Relatório
O relatório também menciona a ausência de imagens cruciais da rota de fuga dos criminosos e critica a falsa linha de investigação que implicava Orlando Curicica como mandante do crime. Segundo a PF, essa versão foi sustentada pelo comissário Marco Antônio de Barros Pinto, que teria manipulado os depoimentos para desviar o foco da investigação.
O documento, assinado pelo delegado Guilhermo de Paula Machado Catramby, solicita que a Procuradoria-Geral da República apresente denúncias contra os envolvidos por crimes de obstrução de justiça e organização criminosa.

Irmão do prefeito assassinado há 5 anos faz apelo para que as autoridades cobrem explicação sobre descaso com a investigação