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Humano, demasiado humano: o cinema e seu poder de nos lembrar o que realmente importa

Cynthia Pastor

O cinema muitas vezes antecipa tecnologias e tendências, outras vezes, a Sétima Arte só nos mostra a nossa humanidade. O clássico Blade Runner, de 1982, do magnífico diretor Ridley Scott, mostrava tecnologias ainda não existentes na década de 1980, como as telas, touch screen, o comando de voz para computadores, a engenharia genética da corporação Tyrrel. Tudo isso que nos chegou muito depois do filme dos anos 80.

Todavia, no peculiar longa-metragem “Nosso Amigo Extraordinário”, filme de 2023 e que parece ter caído no gosto da crítica e do público, nenhuma tecnologia especialíssima é antecipada, nadinha! A nave do alienígena é super simples, quase um carro popular dentro do que se vê em termos de efeitos especiais nas produções cinematográficas. Mas, afinal, o que o filme tem de grandioso? Sua imensa humanidade. Com a atuação singela do grande Ben Kingsley, que foi protagonista em filmes impactantes, como Gandhi, onde ele interpreta o grande líder político e levou o Oscar de melhor ator, nesta “pacata” película norte-americana ele vive Milton, um aposentado cheio de manias que mora em uma pequena cidadela na Pensilvânia.

Das relações pragmáticas do “American Way of Life”, Milton tem uma convivência fria e racional com a filha que mora na mesma cidade. Já a relação com o filho que não mora ali, é inexistente. Uma vida protegida tipicamente americana, sem sobressaltos e com uma rotina previsível que inclui ir a câmara municipal da cidade fazer pequenas reclamações que não irão mudar o mundo em absolutamente nada. É nessa construção que soma a solidão de um cara viúvo e sem amigos, que passa o dia a cuidar das suas flores no quintal ou vendo os mesmos programas de TV diariamente, que Milton começa a desenvolver um processo de demência.

O filme não se propõe a dar nenhum salto quântico existencial, justamente por isso, é tão humano. Tão humano como encarar uma nave espacial caída no seu quintal como algo normal. Sem sobressaltos, Milton acolhe o alienígena ferido. Aos poucos, com cuidado e sem preconceitos. Ele até tenta avisar a comunidade da cidade sobre a situação, mas não é levado a sério. E segue sua convivência com o extraterrestre que se empenha em consertar a nave para voltar para sua galáxia. Um ponto muito especial do filme está no fato de que o alienígena não fala. Sua comunicação é mínima, quase nenhuma. Mas o seu olhar tem muito a dizer e sua capacidade de ouvir, por fim, torna-se o elo com Milton, que estava ali vivendo sua solitude internalizada.

No desenrolar do roteiro, duas idosas também solitárias e literalmente esquecidas por suas famílias, juntam-se a Milton e a Jules (nome dado ao alienígena). Por fim, hospedar um extraterrestre, parece algo tão simples e viável quanto hospedar alguém que se está conhecendo agora. O ET não tem carisma, mas a maioria dos seres humanos também não tem! Pois é justamente toda essa situação “nonsense” que nos leva ao aspecto mais belo do filme. A solidão é fera, a solidão devora e muitas vezes é mais devastadora que a chegada de um ser de outro planeta. A indiferença e o tédio são mais esmagadores que viver algo totalmente inusitado.

Dirigido por Marc Turtletaub e escrito por Gavin Steckler, o filme Nosso Amigo Extraordinário (Jules, no original) merece ser visto como um filme humano, demasiado humano, sobre as coisas humanas, sobre o pouco que nos resta ou quase nada.

Aquela solidão que está impregnada na filosofia de Nietzsche e suas dimensões do corpus nietzschiano. Desse modo, o lugar de afirmação de um mundo humano, antropomórfico, aceita e assimila todas as suas metáforas e rompe com qualquer romantismo cinematográfico. Humano, demasiado humano.

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