Tocantins entra na lista de estados com maior risco de dengue em 2025

O Tocantins está entre os estados monitorados pelo Ministério da Saúde devido ao risco de aumento na incidência de casos de dengue em 2025. De acordo com modelagens do InfoDengue, o estado já registrou 62 casos prováveis da doença neste início de ano. O fenômeno El Niño, que favorece condições climáticas ideais para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, é apontado como principal fator para a elevação nos números.

Para enfrentar o possível aumento, o Ministério da Saúde instalou, nesta quinta-feira, 9, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses. A iniciativa busca antecipar o período sazonal da doença, reforçar as redes assistenciais e prevenir novos casos e mortes. A Secretaria de Saúde do Tocantins também participará das ações coordenadas pelo COE, que incluem diálogo constante com estados, municípios e pesquisadores.

Como parte das medidas de contenção, o Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika foi lançado. O documento orienta a elaboração de planos locais, levando em conta o contexto epidemiológico de cada região. No Tocantins, ações específicas serão implementadas, considerando as características climáticas e socioambientais do estado.

Entre as estratégias previstas estão:

• Expansão do uso do método Wolbachia para controle do mosquito;
• Implantação de insetos estéreis em aldeias indígenas;
• Borrifação residual em locais de grande circulação, como escolas e creches;
• Distribuição de Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs).

A nível nacional, o Ministério da Saúde destinou R$1,5 bilhão para intensificar campanhas educativas e ampliar o uso de tecnologias de controle do vetor.

Cenário nacional e regional
Em 2024, o Brasil registrou 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 6 mil óbitos, conforme o Painel de Monitoramento de Arboviroses. Já em 2025, até esta quinta-feira, 9, foram notificados 16,3 mil casos prováveis no país, com 16 óbitos em investigação. A região Sudeste concentra 75,4% dos casos, mas o Tocantins, no Norte do país, está entre os seis estados em alerta, junto com Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.

No Tocantins, a Secretaria de Saúde reforça a importância das medidas de prevenção, como eliminar focos de água parada e utilizar repelentes. A população também é orientada a colaborar com as ações de combate ao mosquito em suas comunidades.

As autoridades locais destacam que, com a proximidade do período chuvoso, as medidas precisam ser intensificadas para evitar uma crise epidemiológica no estado.

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