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Transporte passou mais de dois meses sendo gratuito; frota conta com seis veículos

As vagas estão disponíveis para 8 municípios do estado

"Adversário político não é inimigo, mas no caso deles, parecem compadres e comadres", afirma Pisoni sobre acordos políticos entre pré-candidatos.

Homem é suspeito de integrar uma organização criminosa que emitia alvarás fraudulentos para resgate de valores em contas judiciais

Serviços essenciais continuam funcionando normalmente

Cidade também recebeu terrenos para construção da OAB e Casa da Mulher Tocantinense

A mostra também pode ser conferida online; exposição física fica no Sesc até o dia 17 de maio

Após a divulgação dos números de habitantes de estados e cidades – por parte do IBGE em 2022 – várias Câmaras Municipais do país, entre quais algumas localizadas no Tocantins, se readequaram em conformidade com o artigo 29 da Constituição Federal de 1988. O aumento do número de vagas reflete em maiores chances de eleição, tanto para detentores de mandato, quanto para novatos, uma vez que diminui o coeficiente eleitoral a ser atingido.
Os municípios de Palmas, Araguaína, Gurupi e Paraíso, por exemplo, terão aumento no número de vereadores. A capital sai de 19 para 23, Araguaína de 17 para 19, Gurupi de 15 para 17 e, Paraíso, de 13 para 15 parlamentares. Já a cidade de Porto Nacional já havia aumentado esse quantitativo anteriormente e conta com 15 vereadores em exercício.
A capital, inclusive, já poderia ter alterado o número de parlamentares há mais tempo, uma vez que contava com população entre 160 mil e 300 mil pessoas, podendo contar com 21 vereadores. Contudo, a discussão no âmbito da Câmara se arrastou e o projeto não evoluiu. Ao ultrapassar a população de 300 mil pessoas, ficou constatado que a representatividade restava prejudicada. Nestas circunstâncias, a partir de 2025, Palmas contará com 23 representantes legislativos.
Ex-vereadores tentarão retornar ao parlamento em Palmas
Logicamente, a corrida e a luta por espaços políticos já tiveram início, mas se aprofundou com abertura da janela de transferências – entre 07/03 e 07/04 – prevista pela lei eleitoral. Na capital do Tocantins, a previsão é que ocorra renovação de 50% dos atuais parlamentares. Aqueles de mandato que, naturalmente, tentarão renová-los, como também, velhos conhecidos do público tentarão seus retornos à Casa de Leis, como Lúcio Campelo, Filipe Fernandes e Etinho Nordeste. A definição do presidente estadual do Republicanos, o governador Wanderlei Barbosa, acerca do seu apoio – ou não(!) – influenciará o destinos de vários pré-candidatos.
A lista da sigla é extensa e conta, tanto com nomes conhecidos, como o irmão do gestor estadual, o vereador Marilon Barbosa e o próprio Etinho, ex-vereador já mencionado, como também, com outros ilustres desconhecidos em início de carreira, mas com base de sustentação nos bairros da cidade.

Nomes de peso na disputa chamam a atenção do eleitorado
Assim como ocorreu com o atual secretário estadual de Agricultura, Jaime Café, que foi prefeito de Lagoa da Confusão e transferiu seu domicílio eleitoral para Palmas – onde atualmente é suplente de vereador – o ex-deputado estadual e atualmente Secretário Estadual dos Esportes e da Juventude, Elenil da Penha parece estar no mesmo caminho. Seu nome consta da possível nominata do Republicanos. O gestor foi derrotado nas eleições municipais de 2020 em Araguaína, após obter 37,25% dos votos, contra 50,87% do vencedor Wagner Rodrigues (UB).
Contactado, o Secretário não confirmou pré-candidatura e disse que ainda estuda essa possibilidade. Ele pontuou que possui residências, tanto em Palmas como em Araguaína, e que essa definição – acerca da sua filiação e transferência do domicílio eleitoral – ainda está sendo pensada e discutida com sua família.
Outro nome que postula uma vaga no parlamento da capital é o pioneiro Jacques Silva, que acaba de se filiar ao PL da deputada estadual Janad Valcari e do senador Eduardo Gomes. A trajetória dele como gestor de Pastas importantes em governos anteriores é incontestável. Auditor de carreira do Estado do Tocantins, Silva já foi Secretário de Governo e presidente do Igeprev em gestões do ex-governador Marcelo Miranda (MDB).
Em Araguaína, o cenário é de renovação no parlamento municipal
Algumas fontes com boa relação política na cidade afirmam que a renovação na Câmara da “capital do boi” também ultrapassará 50%. A guinada do deputado estadual Marcus Marcelo (PL), ex-vice do prefeito Wagner Rodrigues, para apoiar seu colega de parlamento Jorge Frederico (REPU) na disputa pela Prefeitura da cidade, mexeu com as peças do tabuleiro. Dentre os atuais 17 parlamentares municipais, o deputado Republicano conta com 03: Enoque Neto, Flavio Cabanhas e Zezé Cardoso, esta última trazida pelo deputado liberal, o mais novo aliado. Como nomes de peso e com boas perspectivas para 2024, contudo, sem mandato, destaca-se Max do Barolli e Paula Zerbini.
Em Gurupi, vereador quer se tornar prefeito de cidade vizinha
Na “capital da amizade” a luta pela definição da nominata se assemelha a uma guerra armada. O fato do deputado estadual Eduardo Fortes (PSD) ainda não ter assumido a candidatura a prefeito, influencia diretamente nisso. Os correligionários ficam – de certa forma – perdidos e, porque não dizer, com medo de firmar compromissos.
Uma definição é clara: o vereador Antônio Valdônio Rodrigues Loiola (PSB), ex-presidente da Câmara de Gurupi no biênio 2017/2018, já definiu que disputará a Prefeitura Municipal de Cariri. O gestor atual é Vanderlei de Carvalho Junior (PSD), que não estará na disputa por já ter sido reeleito. Naturalmente, não se trata de uma tarefa fácil transferir o domicílio eleitoral e iniciar carreira política em outro município. Todavia, o parlamentar deve ter lá suas razões e convicções para tomar uma decisão tão drástica. Na memória política do Tocantins, o feito não é inédito. O ex-prefeito Joaquim Maia já fez isso em 2015. Optou por deixar de ser vereador em Palmas para se tornar prefeito de Porto Nacional. Não é toda vez que dá certo, afinal política não é matemática exata, mas vai que emplaca, não é mesmo?

Evento climático mobilizou prefeitura a prestar atendimento às famílias

Nesta semana continuamos com as análises dos cenários políticos nas cidades mais importantes do Tocantins. O Raio-X dessa semana se debruça sobre municípios de Gurupi e Porto Nacional. Caso se interesse em conferir as análises anteriores, clique aqui.
Na capital da amizade, Gurupi, a prefeita Josi Nunes (UB) desponta como favorita. Se no começo da gestão – ainda em 2021 – defrontou com adversidades, quer seja no enfrentamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral, iniciada por seus adversários, quer seja em razão dos efeitos nefastos da pandemia de Covid-19, a gestora superou ambos os problemas e chegou ao último ano do seu primeiro mandato, bem avaliada pela população local.
Filha de políticos tradicionais na cidade, Josi Nunes consolidou sua carreira no poder legislativo, onde exerceu cargos de deputada estadual e federal. Professora concursada da Unirg, a prefeita sentiu dificuldades para se adaptar ao poder executivo. Contudo, se superou neste quesito e o cenário político atual lhe é favorável.
Grande parte dos nossos entrevistados disseram que a gestora municipal “está fazendo uma revolução em Gurupi”. Quer seja pela entrega de obras infraestruturantes e revestimento asfáltico em CBUQ, cuja Secretária é nada menos que Juliana Passarim – conhecida por ter exercido de forma ímpar o mesmo cargo em nível estadual – quer seja pela eficiência dos atendimentos na saúde, as pessoas abordadas marcaram sinal positivo para a gestão da prefeita. A comunicação institucional também foi elogiada por aqueles que responderam o questionário, ao passo que a educação foi motivo de algumas críticas nas respostas obtidas. Entretanto, as reclamações foram muito pontuais, não sendo suficientes para macular a gestão como um todo.
Coesão de forças demonstra musculatura política
Sobre o grupo político que lhe prestará apoio, no sábado, 16, a gestora mostrou que é capaz de compor e atrair para perto de si, figuras relevantes da política tocantinense, como a Senadora Prof. Dorinha e o deputado federal Carlos Gaguim, ambos do UB. A ausência do senador Eduardo Gomes (PL) – antigo parceiro de lutas – foi sentida. Entretanto, águas passadas, neste mesmo ato, Josi teve sua ficha de filiação abonada pela senadora presidente estadual do União Brasil e, de quebra, assumiu o controle metropolitano do partido.
Já em relação aos apoios locais, a prefeita tem demonstrado que terá nove dos atuais quinze vereadores em seu palanque. Uma base de sustentação com 2/3 é algo realmente considerável. Por todas essas circunstâncias, aliado ao fato de estar com a “máquina administrativa na mão”, a titular do cargo será o alvo a ser batido.
Ex-prefeito e atual vice-governador, Laurez Moreira tem preferência pelo candidato Eduardo Fortes

O deputado estadual Eduardo Fortes vem numa curva crescente. Ancorado por um robusto grupo de empresários ligados a exploração do comércio frigorífico, como também pela FIETO, sua retaguarda promete lhe garantir suporte e fôlego para enfrentar a prefeita e seu legado. Além disso, Fortes conta com o apoio do vice-governador Laurez, que quer encaixar seu filho, Juarez Moreira, como vice da chapa. O fato do grupo de Laurez estar engajado na disputa é um elemento que não pode ser desconsiderado, uma vez que, ao final do seu mandato em 2020, Moreira contava com aproximadamente 80% de aprovação popular. Mas Fortes – até o momento – sequer declarou ser candidato e tem dito que aguarda a definição do grupo. Enquanto isso não ocorre, seus adversários avançam.
Entre os “Outsiders”, Mauro Carlesse também teria interesse na disputa
O “Outsider” Cristiano Pisoni, ao contrário de Fortes, já declarou sua pré-candidatura. Aproveitou a visita do presidente nacional do PSDB em Palmas, Marconi Perillo, e se filiou ao partido de Cinthia Ribeiro, prefeita de Palmas. Pisoni tem experiência em gestão, porém, o PSDB ainda não se consolidou na cidade para prestar o apoio que ele precisa. Contudo, ninguém se assustaria se ele surpreendesse nas urnas. Cabe aqui ressaltar os vínculos de Pisoni com a FECOMÉRCIO, que pode lhe render algum capital político e, por consequência, votos.
Na linha de candidatos à sucessão que correm por fora, ainda aparecem o ex-governador Mauro Carlesse (AGIR), que especula encarar a disputa, mas poucos acreditam que ele se arriscaria – em razão do latente desgaste – como também, o candidato petista professor Fabiano Kenji que, definitivamente, vai apenas marcar o território da esquerda na eleição municipal.
Na histórica Porto Nacional, gestor também tem bons índices de popularidade
Assim como em Gurupi, o cenário em Porto Nacional – a terceira maior economia do Estado do Tocantins – é de um gestor com boa avaliação junto à população. Sob o argumento de que precisa avaliar se o modelo de governo atende as expectativas da população, o prefeito Ronivon Maciel (PSD) possui levantamentos internos que garantem que 49,7% dos portuenses estão satisfeitos com sua gestão. Não há números acerca da popularidade do próprio prefeito, pois ele entende que não chegou o momento de encomendar essa pesquisa.
Mas o certo é que existe uma certa boa vontade dos munícipes em renovar seu mandato. Pelo menos neste momento e no atual contexto. Ex vice-prefeito entre 2017 e 2020, o atual gestor demonstrou força em 2020 ao competir e derrotar forças consideradas, até então, insuperáveis. Ele obteve 36,84% dos votos válidos batendo um adversário oriundo de família tradicional, Otoniel Andrade (PTB) – ex-prefeito da cidade – que conseguiu 31,17% dos votos, além do próprio gestor que também disputou o cargo, Joaquim Maia (MDB), que angariou 30,98% dos votos. Uma das eleições mais disputadas naquele ano no Tocantins, sem dúvidas.
Um fator preponderante e que influencia muito a eleição municipal de Porto Nacional é o distrito de Luzimangues. Com aproximadamente oito mil eleitores, a localidade tem demonstrado força política e, atualmente, dentre os quinze vereadores, conta com quatro representantes: Joelma, João Justino, Pim Junior e Soares Filho. Destes, apenas o último não faz parte da bancada do atual prefeito, Ronivon Maciel, como também, todos são candidatos à reeleição com grandes chances de atingirem o propósito.
Adversário conta com a força política do governador Wanderlei
Apesar do candidato adversário, o deputado federal Toinho Andrade, estar filiado ao partido Republicanos e, naturalmente, contar com o apoio da grande maioria dos filiados e do governador Wanderlei Barbosa – presidente estadual da sigla – o pré-candidato não vai contar com seu colega de partido, o deputado estadual Valdemar Junior. Ele já se manifestou seu apoio a Ronivon Maciel, assim como o deputado federal Filipe Martins (PL) também já o fez. A bem da verdade, o fato é que o Republicanos se transformou num gigante no Tocantins e se tornou, praticamente, impossível atender os interesses de todos filiados.

Nesse jogo, pode-se destacar que, a princípio, não seria crível que o deputado federal Toinho Andrade abrisse mão de continuar como deputado federal – posição que poderia trazer muito mais dividendos para o município – para se tornar prefeito de Porto Nacional. Todavia, o parlamentar já tomou essa decisão e virá para a disputa municipal de outubro com a “faca nos dentes”, mesmo porque – na sua visão – precisa recuperar o prestígio do sobrenome Andrade na cidade. Seu irmão, Otoniel, vem de duas derrotas consecutivas, em 2016 e 2020.
Mais uma vez, o favoritismo dos gestores em exercício desequilibra a balança
Assim como ocorre em Araguaína com Wagner Rodrigues (UB), em Colinas com Dr. Kasarin (UB) e em Paraíso com Celso Morais (MDB), em Gurupi e Porto Nacional os atuais gestores estão, pelo menos, um passo à frente dos adversários. Não apenas por terem o controle das máquinas administrativas, mas também pelos serviços prestados ao longo dos últimos três anos. Os legados destas gestões, nas mais diversas áreas, lhes credenciam a postularem os cargos com chances de serem reeleitos.
Aos adversários cabe o esforço redobrado, no sentido de “combater o bom combate”, apresentar projetos e propostas consolidadas, além de formar grupos políticos capazes de contribuir com ideias e capilaridade, visando competir de igual para igual, com quem ocupa o cargo.
Exceto em Colinas, o fiel dessa balança pode ser o governador Wanderlei Barbosa nos palanques oposicionistas. Esse é um trunfo, sem dúvidas, pois é quase impossível ganhar eleições – principalmente as municipais, dado às suas especificidades – sem um grupo coeso. A chamada musculatura política, que geralmente se transforma em resultados favoráveis nas urnas, está atrelada à escolha refinada dos parceiros.