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Transparência
Dino estabelece novas ações para transparência de emendas de deputados federais e senadores

CGU deverá apresentar uma proposta para reestruturar o Portal da Transparência no prazo de até 30 dias

Incêndio
Incêndio iniciado em área aberta atinge Anexo II do TJTO e provoca danos

Apenas sala de manutenção do edifício foi atingida; não houve feridos no local

Operação Máximus
TJ do Tocantins confirma afastamento de desembargador e juiz da corte eleitoral

A determinação foi uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Operação "Fames-19"
Defesa confirma liberdade de Joseph Madeira, preso por obstrução de Justiça; empresário pagou fiança de R$ 100 mil 

Joseph é um dos investigados na operação que apura desvio de verbas destinadas ao pagamento de empresas contratadas para fornecer cestas básicas na pandemia de covid-19

Exoneração
Eduardo Gomes exonera Thales André Pereira Maia, preso pela PF nesta sexta

Senador do Tocantins, Eduardo Gomes (PL) exonerou Thales André Pereira Maia, que era lotado no seu gabinete no Senado  O advogado, filho do desembargador, Helvécio de Brito Maia Neto, foi preso durante a “Operação Máximus” da Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira, 23.

Eduardo Gomes, afirmou em nota que Thales André sempre esteve a seu lado em suas campanhas, que o apoiou na função de assessoramento no escritório de Palmas. “Thales André Pereira Maia sempre apoiou minhas campanhas políticas e desempenhava função de assessoramento em nosso escritório, em Palmas”, destacou.

Ainda na nota oficial, o senador ressaltou que apesar do afastamento, a exoneração do Thales Maia se deu “em respeito ao princípio da “presunção da inocência”, e para o que o mesmo se dedique em sua defesa.

Confira a nota na íntegra.

“Em razão dos fatos de conhecimento público, esclareço: Thales André Pereira Maia sempre apoiou minhas minhas campanhas políticas e desempenhava função de assessoramento em nosso escritório, em Palmas. Respeitando o princípio da “presunção da inocência”, determinei sua exoneração para que ele possa dedicar-se integralmente à sua defesa.”

Eduardo Gomes 

Senador da República

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Incêndio
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Pátio é localizado próximo a supermercado da capital

Fames-19
Chefe de gabinete do governador e servidores investigados pela Operação Fames-19 são exonerados

Marcos Martins Camilo não constava na lista de investigados na Operação Fames-19

Operação Máximus
Operação Máximus: Armas são encontradas na casa do presidente do TRE e duas pessoas foram presas  

Armas longas foram encontradas na casa do magistrado em Araguaína; Os dois mandados de prisão preventiva já foram cumpridos

Corrupção
Para relembrar: Venda de sentenças afastou magistrados, advogados e servidores públicos em diversos momentos no Tocantins

Nesta sexta-feira, 23, ocorre a Operação Máximus, que investiga compra e venda de sentenças no Poder Judiciário do Tocantins. No entanto, a situação constrangedora não é uma novidade para a população tocantinense, que sofre com o descaso e vergonha há muitos anos. A corrupção não paira só no meio político, paira em quem tem o dever de manter o estado democrático de direito a todos.

Portanto, a venda de sentenças no Tocantins resultou no afastamento de magistrados, advogados e servidores públicos em diferentes momentos. A Operação Maet, deflagrada pela Polícia Federal em dezembro de 2010, levou ao afastamento de magistrados, advogados e servidores públicos acusados de vender sentenças e cometer fraudes em precatórios no Tocantins. Doze anos após o início das investigações, e após o processo passar pelo Supremo Tribunal Superior de Justiça (STJ) e retornar para a Justiça Estadual do Tocantins, dos 15 réus denunciados na ação penal 690 pelo Ministério Público Federal (MPF), apenas um foi condenado à prisão em regime fechado.

A sentença foi proferida em 2022 pelo juiz Luiz Zilmar dos Santos Pires, da 4ª Vara Criminal de Palmas. Entre os condenados está a ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), Willamara Leila de Almeida, que recebeu uma pena de sete anos de reclusão, em regime semiaberto, pelos crimes de concussão (exigir vantagem indevida em razão do cargo) e associação criminosa. Ela foi acusada de liberar quatro precatórios, incluindo um que previa uma indenização de R$ 100 milhões em uma ação de desapropriação. O marido de Willamara, João Batista Moura Macedo, também foi condenado por associação criminosa, recebendo uma pena de um ano de prisão.

O ex-vice-presidente do TJTO, Carlos Luiz de Souza, foi condenado a dois anos e oito meses de reclusão, em regime aberto, por corrupção passiva qualificada. O ex-desembargador Amado Cilton Rosa, por sua vez, teve o crime de concussão prescrito e foi absolvido das acusações de corrupção passiva, corrupção passiva qualificada e peculato.

Os três desembargadores já haviam sido condenados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) à pena de aposentadoria compulsória. O ex-desembargador Liberato Póvoa, também envolvido no esquema, faleceu em 2019 e, portanto, não foi condenado. A única condenação em regime fechado foi do advogado João Batista Marques Barcelos, que pegou 15 anos de prisão e 72 dias-multa. Os demais réus foram condenados a cumprir penas em regime aberto ou semiaberto, ou tiveram suas penas substituídas por medidas restritivas de direitos. Todos ainda puderam recorrer em liberdade.

Confira a lista de outros condenados

  • Antônio dos Reis Calçado Júnior, condenado por concussão (propina) e associação criminosa, recebendo uma pena de 3 anos e 4 meses de prisão e 12 dias-multa, em regime aberto, substituída por restritiva a ser fixada na execução penal.
  • Dagoberto Pinheiro Andrade Filho, ex-servidor do TJ e advogado, condenado por corrupção passiva, recebendo uma pena de 2 anos de prisão e 10 dias-multa, em regime aberto, substituída por restritiva a ser fixada na execução penal.
  • Francisco Deliane e Silva, ex-juiz e advogado, foi condenado por corrupção ativa, com uma pena de 2 anos e 8 meses de prisão e 13 dias-multa, em regime aberto, substituída por restritiva a ser fixada na execução.
  • Gemiro Moreti, advogado, foi condenado por corrupção ativa, recebendo uma pena de 5 anos e 4 meses de prisão e 13 dias-multa, em regime semiaberto.
  • João Batista Marques Barcelos, advogado, foi condenado seis vezes por concussão (cobrar propina) e uma por associação criminosa, com uma pena de 15 anos de prisão e 72 dias-multa, em regime fechado.
  • João Batista Moura Macedo, marido de Willamara Almeida, foi condenado por associação criminosa, recebendo uma pena de 1 ano de prisão.
  • Joaquim Gonzaga Neto, advogado, foi condenado por corrupção ativa, com uma pena de 2 anos e 8 meses de prisão e 13 dias-multa, em regime aberto, substituída por restritiva a ser fixada na execução.
  • José Carlos Ferreira foi condenado por concussão e associação criminosa, recebendo uma pena de 3 anos de prisão e 10 dias-multa, em regime aberto, substituída por restritiva a ser fixada na execução.
  • Manoel Pedro de Andrade, advogado, foi condenado por corrupção passiva, com uma pena de 2 anos de prisão e 10 dias-multa, em regime aberto.
  • Rogério Leopoldo Rocha, empresário, foi condenado por corrupção ativa, recebendo uma pena de 2 anos e 8 meses de prisão e 13 dias-multa, em regime aberto, substituída por restritiva a ser fixada na execução.
  • Willamara Leila de Almeida, desembargadora, foi condenada por concussão por três vezes e associação criminosa, com uma pena de 7 anos de prisão e 30 dias-multa, em regime semiaberto.

Toth e Madset

Além desses casos, ocorreram outras operações que resultaram no afastamento de magistrados no Tocantins. Em 2018 e 2020, as operações Toth e Madset visaram uma organização criminosa suspeita de negociar decisões judiciais no Tribunal de Justiça do Tocantins. O desembargador Ronaldo Eurípedes, ex-presidente do TJTO, foi afastado e aposentado compulsoriamente, sendo acusado de intermediar e vender decisões judiciais para obtenção de vantagens financeiras.

O procurador-geral de Justiça do Tocantins, Clenan Renault de Melo Pereira, também foi alvo da Operação Toth. Ele pediu aposentadoria voluntária, mas ainda não foi condenado. Clenan é suspeito de recomendar que o governo estadual fizesse pagamentos para uma empresa envolvida em fraudes.

Seus filhos, os advogados Juliana e Fábio Bezerra de Melo Pereira, também foram implicados no esquema. Juliana chegou a ser presa, mas ainda não foram condenados. Ambos são acusados de desviar dinheiro em um processo milionário da Prefeitura de Lajeado contra o governo do estado, que envolvia uma indenização de R$ 200 milhões relacionada à construção da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães no rio Tocantins.