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Cinthia sobre Ivanete Lima: “não é filha de pastor, nem esposa de dono de igreja”

Prefeita disse que a chapa não tem projetos financeiros e pessoais 

Recursos Hídricos
Justiça suspende captação de água do Rio Formoso em propriedade rural no Tocantins

Decisão impõe multa de R$ 100 mil por dia e corte de energia para garantir cumprimento

Meio Ambiente
Desmatamento no Cerrado cresce 10,6% em 12 meses, com destaque negativo para o Tocantins

O Cerrado, segundo maior bioma do Brasil, registrou um aumento de 10,6% na área sob alerta de desmatamento entre agosto de 2023 e julho de 2024. Os estados do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) foram responsáveis por 75% das áreas em alerta. Dentre esses, apenas a Bahia conseguiu reduzir o desmatamento, com uma queda de 52,4%. No entanto, os outros três estados registraram aumentos consideráveis: 31% no Maranhão, 14,7% no Piauí e um preocupante 58,6% no Tocantins.

O Tocantins, em particular, destacou-se negativamente, sendo o estado com o maior aumento percentual de desmatamento entre os quatro. Esse crescimento ocorre apesar das medidas implementadas pelo novo Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento no Cerrado (PPCerrado), lançado em novembro de 2023. Embora o plano tenha começado a mostrar resultados em outros locais, como a redução de 24,8% nos alertas nos últimos quatro meses no bioma como um todo, a situação no Tocantins permanece crítica.

O desmatamento crescente no estado é motivo de preocupação, especialmente em comparação com a redução significativa observada em outras áreas, como as Unidades de Conservação da Amazônia, onde a queda foi de 67% no mesmo período.

Direitos
Projeto “Meu Pai Tem Nome” auxilia processos de reconhecimento de paternidade em mutirão que começou nesta segunda

Atendimentos jurídicos para investigação, reconhecimento de paternidade com orientação jurídica e testes de DNA no valor de R$100 são alguns dos serviços oferecidos pela DPE durante ação

Imagem de romeiros com a crucificação
Religiosidade
Romaria do Senhor do Bonfim: fé e tradição marcam as festividades em Natividade e Tabocão 

Festejos em homenagem ao santo seguem até o dia 17 de agosto; muitos fiéis fazem a romaria partindo da cidade de Natividade até o povoado do Bonfim, um percurso de 23 km

Desaparecimento
Família busca por jovem que desapareceu no Tocantins e que pode estar em Goiânia

Amanda Alcântara, de 18 anos, foi vista pela última vez no dia 7 após ser deixada no trabalho pelo irmão

Luto
Morre o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, aos 96 anos

Giovanna Campos

Antônio Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento, morreu na madrugada de desta segunda-feira, 12, aos 96 anos. Internado desde o dia 5 no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, Delfim Netto não teve a causa da morte divulgada oficialmente, com a assessoria informando apenas “complicações no seu quadro de saúde.”

Ele deixa uma filha e um neto. Segundo a assessoria do ex-ministro, o velório será fechado ao público, restrito apenas à família.

Delfim Netto foi um professor, economista, político e diplomata brasileiro, que esteve à frente do Ministério da Fazenda durante boa parte da ditadura militar no Brasil. Ele é conhecido por ter sido um dos principais formuladores da política econômica durante o regime, atuando como ministro em diferentes períodos e sob vários governos militares.

Ministro da Fazenda (1967-1974): Durante o governo do presidente Costa e Silva e, posteriormente, do general Médici, Delfim foi o principal responsável pelo “Milagre Econômico Brasileiro,” um período de rápido crescimento econômico que o Brasil experimentou entre o final dos anos 1960 e início dos 1970. Embora o país tenha crescido significativamente, esse crescimento também levou a um aumento da desigualdade e a uma grande dívida externa.

Ministro da Agricultura (1979-1985): Delfim serviu como ministro da Agricultura durante o governo do general João Figueiredo. Durante esse período, ele foi responsável por diversas políticas voltadas ao aumento da produção agrícola e à modernização do setor.

Ministro do Planejamento (1979-1985): Ainda no governo Figueiredo, Delfim Netto também ocupou o cargo de ministro do Planejamento, onde teve um papel central na gestão econômica do país, especialmente no contexto da crise da dívida externa e do esgotamento do “milagre econômico.”

Quem era Delfim Netto

Delfim Netto nasceu em 1º de maio de 1928, em São Paulo. Ele implementou políticas que desencadearam o “milagre econômico”, um período de rápido crescimento econômico que se concentrou na atração de capital externo e no aumento do Produto Interno Bruto (PIB). Delfim também é lembrado por ter sido um dos signatários do Ato Institucional Nº 5 (AI-5), em dezembro de 1968, que intensificou o regime militar e permitiu a perseguição de opositores políticos.

Após o fim do regime ditatorial, Delfim foi deputado federal por São Paulo por 20 anos. Ele também manteve uma relação próxima com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo sendo filiado ao Partido Progressista (PP) e ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), então conhecido como PMDB. Na década de 1970, Delfim atuou como embaixador do Brasil na França por três anos.

Sua ascensão política começou em 1966, quando assumiu a Secretaria da Fazenda de São Paulo, durante o governo de Lauro Nadel. Em 1967, deixou o cargo para se tornar ministro da Fazenda no governo do general Artur da Costa e Silva. Como ministro, Delfim foi associado ao “milagre econômico”, período em que o fácil acesso a empréstimos impulsionou o consumo e a produção de bens duráveis no Brasil, especialmente eletrodomésticos e automóveis. O país registrou crescimento econômico de cerca de 11% ao ano, embora esse período também tenha sido marcado pela crescente concentração de renda.

Delfim Netto é autor da frase “fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo”, defendendo que o crescimento do PIB deveria preceder a distribuição da riqueza entre a população, algo que, na prática, não ocorreu. Ele permaneceu como ministro da Fazenda durante o governo de Emílio Médici e deixou o cargo na gestão de Ernesto Geisel para se tornar embaixador do Brasil na França, onde permaneceu de 1974 a 1978.

Ao retornar ao Brasil, o crescimento econômico já havia perdido força, e Delfim assumiu o Ministério da Agricultura por cinco meses, seguido do Ministério da Secretaria do Planejamento, onde trabalhou na negociação da dívida externa elevada com credores internacionais e com o Fundo Monetário Internacional (FMI), conseguindo um empréstimo de US$ 6,5 bilhões.

Após o período militar, Delfim foi eleito deputado federal por São Paulo, cargo que exerceu por 20 anos, de 1987 a 2007. Posteriormente, aproximou-se do presidente Lula durante seu segundo mandato, atuando como conselheiro informal.

Na academia, Delfim Netto começou sua carreira pública em 1959, integrando a equipe de planejamento do governo do estado de São Paulo, então liderado por Carlos Alberto de Carvalho Pinto. Ele ingressou na Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade de São Paulo (USP) em 1948 e, após se formar, tornou-se professor assistente na mesma instituição.

Delfim foi nomeado Professor Emérito da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEAUSP) e, em 1963, tornou-se professor catedrático, o cargo mais alto na carreira docente universitária, sendo o primeiro ex-aluno da faculdade a alcançar essa posição após a regulamentação da profissão de economista. Sua contribuição acadêmica incluiu pesquisas sobre planejamento governamental e teoria do desenvolvimento econômico, com defesa de ideias da teoria neoclássica e uma abordagem keynesiana no plano macroeconômico, segundo a USP.

Crime
Relatório da PF aponta obstrução em investigação do caso Marielle Franco

A Polícia Federal (PF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório de 87 páginas que indica que a Delegacia de Investigações de Homicídios do Rio de Janeiro não seguiu uma sugestão crucial para coletar imagens de câmeras de segurança que capturaram a fuga dos responsáveis pelo assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018. O documento, enviado na última sexta-feira, 9, destaca possíveis ações deliberadas para obstruir as investigações iniciais.

O relatório cita três principais envolvidos: Rivaldo França Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro; Giniton Lages, ex-titular da Delegacia de Homicídios; e o comissário de polícia Marco Antônio de Barros Pinto. De acordo com o documento, essas autoridades teriam atuado para proteger os responsáveis pelo crime, gerando novas suspeitas sobre o andamento do caso.

Obstrução de provas

A investigação sobre a obstrução começou após a prisão dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão em março, apontados como mandantes do assassinato. Conforme o relatório, o delegado Giniton Lages foi informado desde o início sobre a identidade dos possíveis executores, incluindo Ronnie Lessa, que foi preso em 2019 e confessou ser o autor dos disparos contra Marielle Franco.

A PF acredita que o inquérito foi conduzido de maneira a desviar as investigações das verdadeiras pistas e proteger os responsáveis pelo crime. Imagens de câmeras de trânsito e vigilância que poderiam esclarecer a rota de fuga dos assassinos não foram coletadas. Durante quase sete meses, a Polícia Civil focou em uma linha de investigação baseada em um falso delator, o ex-PM Rodrigo Ferreira, que incriminou injustamente o miliciano Orlando Curicica e o vereador Marcello Siciliano.

O atual secretário de Polícia Civil, Marcus Vinícius Amim, declarou em depoimento que, uma semana após o crime, tentou compartilhar suas suspeitas com Rivaldo Barbosa, mas foi orientado a procurar Giniton Lages. Mesmo após se encontrar casualmente com Lages e apresentar uma lista de suspeitos que incluía Ronnie Lessa, o delegado optou por não aprofundar as investigações, deixando de detalhar o itinerário completo dos executores.

Relatório

O relatório também menciona a ausência de imagens cruciais da rota de fuga dos criminosos e critica a falsa linha de investigação que implicava Orlando Curicica como mandante do crime. Segundo a PF, essa versão foi sustentada pelo comissário Marco Antônio de Barros Pinto, que teria manipulado os depoimentos para desviar o foco da investigação.

O documento, assinado pelo delegado Guilhermo de Paula Machado Catramby, solicita que a Procuradoria-Geral da República apresente denúncias contra os envolvidos por crimes de obstrução de justiça e organização criminosa.

Bico do Papagaio
Temporal derruba barracas, leva telhados e provoca destruição em Araguatins

Chuva forte com ventos intensos causa estragos em diferentes pontos da cidade