Marcelo Miranda e 11 pessoas se tornam réus em investigações da Operação Reis do Gado

22 janeiro 2025 às 14h30

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O ex-governador Marcelo Miranda, junto com 11 outras pessoas, foi formalmente acusado no âmbito das investigações da Operação Reis do Gado nesta semana. A decisão foi tomada pelo juiz André Dias Irigon, titular da 4ª Vara da Justiça Federal, e acolheu a ação penal proposta pelo Ministério Público Federal (MPF). De acordo com o documento que o Jornal Opção Tocantins teve acesso, entre os réus, além do ex-governador, estão empresários envolvidos em diferentes setores, incluindo empreiteiras.
De acordo com a denúncia apresentada pelo MPF, os acusados são responsáveis por lavagem de dinheiro através da compra de propriedades rurais, veículos e a ocultação de bens. Algumas das propriedades estão localizadas no estado do Pará, incluindo uma fazenda no município de Xinguara. O caso foi revelado pela Polícia Federal e faz parte das investigações da Operação Reis do Gado, deflagrada em 2016, que já resultou em diversas fases e diligências.
Além do ex governador, são réus pela prática do crime artigo 1º da Lei 9.613/98, José Edmar Brito Miranda Júnior, Márcia Pires Lobo, Alexandre Fleury Jardim, Alaor Jual Dias Junqueira, João Divino Fernandes, Adão Darci Fernandes, Antônio Lucena Barros, Elmar Batista Borges, Tatiane Félix Arcanjo, Luiz Pereira Martins e João Franco da Silveira Bueno, que teve o pedido de prescrição da pretensão punitiva estatal indeferida pela Justiça.
O MPF especificou que os crimes envolveram a aquisição de cinco fazendas e vários veículos. Um dos carros, apreendido na residência do ex-governador durante a operação, estava registrado no nome de um assessor e teria sido comprado com dinheiro em espécie. O pagamento teria sido realizado com valores entregues ao gerente da concessionária dentro de um envelope.
Após um longo período de tramitação entre as justiças eleitoral, estadual e federal, o caso foi remetido à Justiça Federal, onde a denúncia foi aceita. Com isso, Marcelo Miranda e os empresários foram formalmente acusados de lavagem de dinheiro.
A defesa do ex-governador, representada por José de Macedo Miranda Júnior, manifestou surpresa com a denúncia e alegou que os processos vinculados à operação deveriam tramitar na Justiça Eleitoral. A defesa também informou que tomará as medidas legais necessárias para garantir a regularidade do processo.