Nesta quarta-feira, 4, foi condenado o último dos quatro acusados pelo assassinato do advogado araguainense Danillo Sandes Pereira, ocorrido em julho de 2017. O réu João Oliveira Santos Júnior, policial militar do Pará, foi sentenciado a 32 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime inicial fechado, além da perda do cargo público.

A decisão foi tomada durante sessão do Tribunal do Júri em Araguaína, onde os jurados acolheram integralmente as teses do Ministério Público do Tocantins (MPTO). João Oliveira foi condenado por homicídio triplamente qualificado (mediante paga, por motivo torpe e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), associação criminosa, ocultação de cadáver e formação de grupo de extermínio, o que agravou a pena.

A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça Daniel José de Oliveira Almeida, com apoio de um assistente de acusação indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). João Oliveira aguardava julgamento preso desde 21 de setembro de 2017. Seu júri, inicialmente previsto para setembro deste ano, foi adiado devido à ausência de uma testemunha de defesa.

Danillo Sandes foi assassinado aos 29 anos, após desentendimentos com Robson Barbosa da Costa, que o contratara para atuar como inventariante em um processo de divisão de bens. O advogado suspeitou de irregularidades no inventário, renunciou à ação, mas continuou cobrando seus honorários. Após decisão judicial que obrigou a família de Robson a vender um caminhão para quitar a dívida, Robson contratou Rony Macedo Alves Paiva, também policial militar, para orquestrar o crime. Rony, por sua vez, contou com a ajuda de Wanderson Silva de Sousa e João Oliveira Santos Júnior para atrair Danillo a uma emboscada em uma área rural. O advogado foi morto com dois tiros na nuca, e seu corpo foi ocultado em um matagal, sendo encontrado quatro dias após o crime.

Os outros três envolvidos no crime já haviam sido julgados e condenados anteriormente. O mandante, Robson Barbosa da Costa, recebeu a pena de 39 anos e 3 meses de reclusão, além de 1 ano e 3 meses de detenção. Já os executores Rony Macedo Alves Paiva e Wanderson Silva de Sousa foram sentenciados a 32 anos e 22 dias de reclusão cada um.

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