Por Elâine Jardim

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Eleições 2024
Eduardo Siqueira Campos foi eleito gastando R$ 42,58 por voto, 63,97% menos que Janad Valcari

Janad Valcari, a segunda colocada, recebeu 69.684 votos, com um custo de R$ 133,42 por eleitor

Eleições 2024
Confira quais prefeitos se elegeram nas 15 capitais brasileiras que tiveram segundo turno

No segundo turno das eleições municipais de 2024, realizado neste domingo, dia 27 de outubro, eleitores de 15 capitais brasileiras escolheram seus novos prefeitos, que assumirão o mandato a partir de 1º de janeiro de 2025. Outras 11 capitais já haviam definido seus representantes no primeiro turno, realizado em 6 de outubro.

Confira abaixo a lista completa dos prefeitos eleitos neste segundo turno:

  • Aracaju (SE): Emília Corrêa (PL)
  • Belém (PA): Igor Normando (MDB)
  • Belo Horizonte (MG): Fuad Noman (PSD)
  • Campo Grande (MS): Adriane Lopes (PP)
  • Cuiabá (MT): Abílio Brunini (PL)
  • Curitiba (PR): Eduardo Pimentel (PSD)
  • Fortaleza (CE): Evandro Leitão (PT)
  • Goiânia (GO): Mabel (União Brasil)
  • João Pessoa (PB): Cícero Lucena (PP)
  • Manaus (AM): David Almeida (Avante)
  • Natal (RN): Paulinho Freire (União Brasil)
  • Palmas (TO): Eduardo Siqueira Campos (Podemos)
  • Porto Alegre (RS): Sebastião Melo (MDB)
  • Porto Velho (RO): Léo (Podemos)
  • São Paulo (SP): Ricardo Nunes (MDB)

Faltou Dizer
Prefeitos (as) e vereadores (as) eleitos (as) no Brasil terão que cumprir mais que promessas de campanha

Com o segundo turno das eleições municipais já encerrado, resta agora a expectativa de que os novos gestores municipais, eleitos com o voto de confiança da população, estejam prontos para enfrentar um desafio financeiro histórico. Um estudo recente da Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela um cenário crítico: mais de 50% dos municípios brasileiros estão no vermelho, acumulando um déficit de R$ 16,2 bilhões, o maior percentual em décadas. Esse contexto de crise é um lembrete de que o trabalho que os prefeitos e vereadores eleitos terão pela frente vai muito além das promessas de campanha.

As dificuldades financeiras que as cidades enfrentam têm origens complexas, mas o aumento de despesas pós-pandemia emerge como uma das principais causas. Em áreas fundamentais como saúde, educação e urbanismo, os custos dispararam. Só em 2023, as despesas cresceram 14,8%, e apenas com pessoal o aumento foi de 13,2%, totalizando R$ 47,6 bilhões a mais em gastos. Isso decorre dos reajustes salariais e da retomada de contratações de servidores, necessárias para garantir o funcionamento dos serviços públicos básicos.

O limite de gastos com pessoal, estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), já foi ultrapassado ou atingido por muitos municípios, evidenciando a dificuldade das administrações em equilibrar as contas. Enquanto os custos crescem, as receitas municipais não acompanham o mesmo ritmo, exigindo criatividade e comprometimento dos gestores para evitar o colapso dos serviços públicos.

A situação é particularmente preocupante em setores como saúde e educação, que absorvem quase metade das despesas municipais. Além disso, previdência social e urbanismo são áreas que apresentam alta demanda orçamentária, sendo responsáveis, em conjunto, por R$ 114,3 bilhões em gastos em 2023. Para os prefeitos que assumirão em 2025, a realidade é clara: qualquer chance de estabilidade fiscal exige medidas inovadoras e bem planejadas para garantir que os serviços básicos cheguem à população.

O papel dos novos gestores municipais é agora proativo e de extrema responsabilidade. E como eleitores, a participação da população se estende para além das urnas; estamos entregando aos eleitos o dever de enfrentar esses desafios com compromisso e foco no longo prazo. A boa administração vai além de um mandato; trata-se de um compromisso com a sustentabilidade financeira das cidades e com a qualidade de vida dos cidadãos.

Enquanto aguarda-se os novos mandatos começarem, espera-se que esses líderes eleitos sejam capazes de enfrentar esses desafios com seriedade, ação consciente e compromisso com o futuro das cidades.

Governador Wanderlei Barbosa não elege prefeitos nas cinco maiores cidades do Tocantins

Com a derrota de Janad Valcari (PL) para Eduardo Siqueira Campos (Podemos) no segundo turno, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) não conseguiu eleger prefeitos nas cinco maiores cidades do Tocantins: Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Paraíso do Tocantins. Em Palmas, a derrota foi especialmente sentida, já que o governador participou ativamente da campanha de Janad, ao lado de lideranças políticas influentes, como ex-governadores, e com o apoio quase que total da bancada federal e estadual do Tocantins.

Janad ao lado do governador Wanderlei Barbosa, Pedro Cardoso, Dorinha e apoiadores | Foto: Divulgação

As cidades de Araguaína, Paraíso e Porto Nacional reelegeram os prefeitos Wagner Rodrigues (UB), Celso Morais (MDB) e Ronivon Maciel (UB), todos com duas características em comum: a ausência de apoio do governador e a busca pela reeleição. Em Gurupi, a prefeita Josi Nunes (UB) também foi reeleita, contando com o apoio de Wanderlei Barbosa apenas na fase final da disputa.

Em Araguaína, Wagner Rodrigues conquistou 73.158 votos, somando 78,83% dos votos válidos. Com o apoio de partidos como União Brasil, Podemos, PL, MDB, Federação PSDB-Cidadania e PSD, Wagner teve o suporte de nomes como os senadores Dorinha (UB), Eduardo Gomes (PL) e Irajá Abreu (PSD), que substituíram o apoio do governador. Jorge Frederico (Republicanos), candidato apoiado pelo governador e pelo vice-governador Laurez Moreira (PDT), recebeu 20.184 votos, ou 21,62%, contando com aliados como Vicentinho Júnior (PP) e Ricardo Ayres (Republicanos).

Celso, Ronivon e Wagner | Foto: Divulgação

Paraíso do Tocantins

Celso Morais garantiu a reeleição em Paraíso com 80,57% dos votos válidos, superando o ex-deputado federal Osires Damaso (Republicanos), que obteve 19,47%. Celso teve apoio de líderes como o ex-governador Marcelo Miranda (MDB), os senadores Dorinha Seabra e Eduardo Gomes, e deputados federais como Eli Borges (PL), Pedro Júnior (PL) e Carlos Gaguim (UB), mas não contou com o apoio do presidente do MDB, Alexandre Guimarães.

Porto Nacional

Em Porto Nacional, Ronivon Maciel (UB) foi reeleito com 65,25% dos votos, derrotando o deputado federal Toinho Andrade (Republicanos), que obteve 27,98%. Esta foi a primeira reeleição de um prefeito na cidade em 24 anos. Ronivon contou com o apoio de figuras influentes, incluindo os senadores Eduardo Gomes (PL) e Dorinha Seabra (UB), além dos deputados Ricardo Ayres (Republicanos) e Carlos Gaguim (UB).

Gurupi

Josi Nunes | Foto: Divulgação

Josi Nunes (UB) também saiu vitoriosa em Gurupi, com 55,47% dos votos (25.533 votos no total). Seu principal oponente, Eduardo Fortes (PSD), recebeu 17.655 votos, o equivalente a 38,35%. Apesar do apoio modesto de Wanderlei Barbosa, anunciado em setembro, Josi contou com a ajuda de senadores como Carlos Gaguim (UB), Eduardo Gomes (PL) e Dorinha Seabra (UB).

O Republicanos, partido de Wanderlei Barbosa, optou por apoiar Josi Nunes após a candidatura de Eduardo Fortes (PSD) ser alvo de controvérsias, inclusive por acusações de pressão sobre servidores para favorecer candidatos do Republicanos. Fortes também foi criticado quando sua noiva declarou apoio a uma candidata adversária do PDT.

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