Por Redação

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Economia
Bancos fecham durante Carnaval e só reabrem na Quarta-feira de Cinzas

Pix poderá ser usado normalmente durante o feriado

Oportunidade
Inscrições para o Concurso Público Unificado terminam sexta-feira

No estado do Tocantins, as cidades de Araguaína, Gurupi e Palmas serão os locais de realização dos exames.

Cultura
MPF requer que Secult suspenda pagamentos aos beneficiários da Lei Paulo Gustavo no Tocantins

Órgão identificou diversas irregularidades nos editais de projetos culturais do estado, elaborados para facilitar o acesso aos recursos da Lei

Por que o brasileiro percebe aumento na corrupção?

A forma como o país desfaz erros importa. Por mais que a Lava Jato tenha sido falha, nem as empresas, nem Toffoli negaram os bilhões em corrupção

Educação
Prazo para inscrições no Prouni é prorrogado até esta sexta-feira

Programa oferece mais de 406 mil bolsas em 15,4 mil cursos superiores

Saúde
Ação do MP requer que Estado e município de Palmas reestruture Centros de Reabilitação 

Segundo o Ministério Público, 623 pacientes no Estado aguardam consulta em reabilitação intelectual, sendo que 394 estão apenas no município de Palmas

Economia
Salário mínimo de R$ 1.412 começa a ser pago nesta quinta-feira

Benefícios e contribuições também sobem a partir deste mês

Meio Ambiente
Tocantins segue com desafios ambientais na era da emergência climática

Coalizão Vozes do Tocantins reúne histórico controverso e pede diálogo e investimento na proteção ao maior bioma do Estado

O ego é um mal secular ou é necessário para a sobrevivência?

*Cynthia Pastor (editora do Jornal Opção Entorno)

Existem “adultos” que sofrem de um egoísmo latente e crônico, que se traduz muitas vezes em falta de responsabilidade com os outros, falta de maturidade, além de uma arrogância (que os protege) quase sem limites. Lidar com um adulto “egoico” significa dar de cara, sobretudo, com a falta de empatia. É um desafio para poucos, talvez, para domadores de leões, psicólogos, psiquiatras ou, até quem sabe, exorcistas!

O egoico sempre vai priorizar a sua agenda e suas opiniões em praticamente tudo: na vida pessoal e afetiva, na vida profissional, nas amizades, na família. Pirão? É sempre o dele primeiro e a decisão final também. Não é uma pessoa democrática, não é uma pessoa empática, não é uma pessoa com abordagem antropológica sobre os outros mundos e pessoas. Não é uma pessoa aberta ao diálogo colaborativo, mas, sim, uma espécie de “colonizador” que chega atirando suas prioridades e regras bem definidas em qualquer território que adentre.

E há os codependentes tolos (aquelas pessoas que topam desempenhar o papel de salvadores ou ajudadores dos egoicos) e que se sentem capazes de transformar os seres egoicos em gatos mansos e até mesmo idealizam uma relação perfeita com eles, sonham com ela, avessos à real impossibilidade de construir um castelo com areia movediça. Uma relação com um egoico é forjada numa estrutura em que o outro acaba submetido a abusos morais comuns no discurso e nas atitudes do egoico.

Em geral, o termo “egóico” carrega em sua essência uma conotação negativa. O ego um dia descrito por Sigmund Freud é frequentemente observado de fato como uma fonte resultante de problemas psicológicos, que vão da ansiedade à depressão e à baixa autoestima. Porém, Jacques Lacan, discípulo de Freud que discordava do “mestre” e que, a partir daí, desenvolveu sua própria teoria psicanalítica, explica que o inconsciente é estruturado como uma linguagem e, por isso, o egoico é resultado de uma estrutura alienada.

Como assim? Lacan descreve que, neste caso, a estrutura da pessoa egoica não é construída a partir da identificação com o outro, mas sim como algo que é imposto à criança por uma cultura, por uma sociedade ou por uma família. Ou seja, o comportamento do egoico é, sobretudo, resultado de uma estrutura psíquica que se forma a partir do desenvolvimento da criança e da sua relação com seu primeiro “Outro”, que geralmente é a mãe ou alguém que cumpra este papel. O que a criança leva para a vida são as normas e valores internalizados a partir dessa relação inicial para que se sinta segura e, a partir daí, formam-se os sintomas neuróticos.

Há que se observar ainda que existem dois pesos e duas medidas, ou seja, uma pessoa com um lado egoico muito fraco pode ser tímida demais e, talvez, tenha dificuldade em se afirmar, além de ser muito dependente de outras pessoas. Já um egoico master pode ser extremante ditador. Contudo, existem também aqueles egoicos que se comportam de acordo com situações, ou seja, aquela pessoa que pode ter um ego muito forte no trabalho, mas ser um gatinho manso e fraco em casa.

Lendo essa pequena tentativa de esclarecimento filosófico sobre o assunto que não tem nenhuma pretensão de caráter médico e apenas se baseia na diversificada literatura psicanalítica, você, leitor, talvez rememore pessoas e situações descritas neste script, ou até se “enxergue” em alguma “cena” citada. Mas saiba que, para explicar ainda melhor o ego, o pai da Psicanálise afirmou em seus tratados que os mecanismos de defesa existem conforme a organização do Ego e podem gerar reações mais conscientes e racionais. Mas aí já é outro assunto para outro papo!