Confira nomes cotados para representar o Tocantins na Câmara dos Deputados em 2026

17 fevereiro 2025 às 15h41

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Já foram feitas prospecções sobre os nomes para o Senado e para o Executivo estadual. Mesmo com a incerteza de quem de fato deverá concorrer ao pleito, uma coincidência une ambas as projeções: o número limitado de vagas. Há apenas uma vaga para o governo do Estado e duas para o Senado. O cenário das eleições para a Câmara Federal é um pouco mais nebuloso e dinâmico, considerando que são oito vagas e a cada nova aliança que se constrói é possível que se modifique completamente.
Vários nomes que figuram entre possíveis postulantes ao cargo tentam se fortalecer para conquistar outros postos. Assim, a Câmara dos Deputados serviria apenas como um prêmio de consolação, caso o cargo pretendido não fosse viabilizado até o dia das eleições. É o que pode acontecer com a ex-prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, presidente do PSDB Tocantins e do PSDB Mulher, que já se colocou na posição de candidata à governadora algumas vezes. No entanto, é bem provável que conquiste apenas votos como deputada federal, onde deveria competir com Janad Valcari (PL), ou, pensando mais com o pé no chão ainda, uma vaga na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto) não seria distante da possibilidade da ex-gestora.
Janad Valcari (PL) saiu fortalecida das eleições municipais, mesmo com a derrota para o prefeito eleito Eduardo Siqueira Campos (Podemos). Ao longo da campanha, conquistou apoios estratégicos, ampliou alianças e se aproximou de diversas lideranças políticas. Após o pleito, manteve um ritmo intenso de articulação, o que a posiciona como um dos nomes promissores para as eleições de 2026. Há quem acredite que ela poderia disputar uma das duas vagas ao Senado, mas isso implicaria em desbancar Eduardo Gomes (PL), nome praticamente consolidado na corrida senatorial e presidente do partido que ela faz parte.
Com duas cadeiras em disputa no Senado, é mais provável que o grupo político apoiado pelo governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) aposte em uma chapa formada por Eduardo Gomes e Carlos Gaguim (UB). Para o governo do Estado, os nomes mais cotados dentro da base governista são Dorinha Seabra (UB) e Amélio Cayres (Republicanos), dependendo das pesquisas internas. No caso de Janad, o caminho mais viável parece ser uma candidatura à Câmara Federal, onde seu nome já é cogitado como uma das apostas do PL para ampliar a bancada tocantinense em Brasília.
Daqueles que já são e podem continuar
Todos os atuais deputados federais pelo Tocantins estão, pelo menos por ora, virtualmente na disputa por mais um mandato. Diferente do Executivo, onde há limite de reeleição, no Legislativo não há restrições, permitindo que parlamentares permaneçam no cargo por sucessivos mandatos. No entanto, alguns desses nomes também podem surgir como postulantes ao Senado ou até mesmo à Assembleia Legislativa do Estado, uma vez que a definição de cada candidatura dependerá das pesquisas internas e das articulações políticas nos próximos meses.
Vicentinho Júnior (PP) é um dos nomes que podem concorrer. O atual projeto e todas as falas do parlamentar sugerem uma disputa pelo Senado. No entanto, não conseguindo se cacifar para a disputa, não será surpresa se ele tentar se reeleger como deputado federal. Quem também almeja a candidatura ao Senado é Carlos Gaguim (UB), que também pode acabar se “contentando” com a Câmara, caso não se viabilize.
Filipe Martins (PL) é um dos nomes tidos como certos para a disputa para a Câmara Federal, embora tenha tido alguns problemas com o próprio partido, tanto que foi barrado na visita que o ex-presidente Bolsonaro fez em Palmas. Os desentendimentos com o partido surgiram porque ele decidiu apoiar o nome de Eduardo Siqueira Campos para a prefeitura de Palmas, em detrimento da candidata de seu próprio partido, Janad. Afeito à pautas de direita, o nome do deputado figura entre nomes que mais chamam a atenção desse grupo. Tanto por sua posição contra flexibilização do aborto, quanto mais recentemente, por ter assinado o pedido de impeachment de Lula (PT). Quem também deve disputar outra fatia da direita é Eli Borges (PL). O deputado federal que está em segundo mandato, já foi deputado estadual e também vereador de Palmas.
Outro nome que pode disputar uma reeleição e tem tendências à direita é o deputado federal, Alexandre Guimarães, que é presidente do MDB Tocantins. A projeção atual é que se candidate ao cargo de senador, mas é sempre uma possibilidade.
Das candidaturas mais neutras ideologicamente, podemos ver Ricardo Ayres (Republicanos), que possui grandes chances de conseguir a reeleição para a Câmara Federal e seu colega de partido Toinho Andrade, que tentou a eleição para prefeitura de Porto Nacional, mas não conseguiu derrotar o adversário, Ronivon Maciel (UB).
Lázaro Botelho (PP) também é um dos nomes apontados para concorrer, apesar de um imbróglio com relação às sobras partidárias, que ainda pode retirá-lo do mandato e colocar Tiago Dimas (Podemos). Até o momento, ele é deputado federal e pode ser candidato em 2026.
Daqueles que poderiam ter sido
Tiago Dimas pode se fortalecer na disputa, seja assumindo uma cadeira na Câmara Federal, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida a favor do Podemos na questão das sobras eleitorais, ou se consolidando como uma das principais lideranças do partido no Tocantins. Em entrevista ao Jornal Opção Tocantins, em novembro de 2024, ele demonstrou confiança na ação movida pelo partido e ressaltou a necessidade de respeitar a decisão dos eleitores
Outro político que também aguarda a decisão sobre as sobras eleitorais é Célio Moura (PT). Segundo ele, caso a Corte Suprema aceite retroagir na decisão a respeito das sobras eleitorais, ele assumiria a vaga que hoje é do deputado Eli Borges. De toda forma, Célio Moura também é um nome para se candidatar como deputado federal em 2026 e representar uma parte da esquerda tocantinense, que atualmente não tem voz na Câmara dos Deputados.
Daquela que quer voltar
Dos nomes que surgiram recentemente na disputa, um dos que mais chamam a atenção é o da ex-prefeita de Palmas (2001-2004), Nilmar Ruiz, que também já foi deputada federal (2007-2010). Recentemente, ela esteve com o presidente nacional de seu partido, o PL, e teve a bênção de Valdemar Costa Neto para concorrer à vaga.
Daquele que diz não, mas pode ser convencido
Nomes para a disputa não faltam. Há aqueles que querem, mas não têm chances, e aqueles que têm chances, mas ainda não demonstram interesse. Celso Morais (MDB) se encaixa nesse segundo grupo. O prefeito de Paraíso do Tocantins, reeleito com mais de 80% dos votos, tem sido pressionado por aliados a disputar uma vaga na Câmara Federal. No entanto, ele já afirmou publicamente e em conversas com apoiadores que pretende concluir seu mandato como prefeito. Resta saber até quando manterá essa decisão ou se a dinâmica da política acabará convencendo-o a mudar de ideia.