Faltou Dizer

O abandono de Juliana Marins na boca de um vulcão reacende discursos centenários sobre o preconceito contra os povos da américa latina em face de uma tragédia.
De acordo com a família, Juliana teria sido abandonada pelo guia turístico após ter pedido para descansar de uma fadiga da caminhada. Poucas horas depois, teria escorregado para dentro do vulcão numa queda de entre 300 a 600 metros de altura da trilha original. No local, a jovem de 26 anos ficou três dias sem água ou comida enquanto permanecia no calor equatorial de dia, e no frio tropical de noite.
A verdade é que uma série de fatores evitáveis causaram a morte de Juliana. Para o chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, Mohamad Syafii, em entrevista à BBC, o motivo da protelação do resgate foi pela adversidade climática da região, e não por negligência.
Apesar disso, quando se depara com a ineficácia da equipe de resgate em fazer qualquer ação para assistir a jovem, como oferecer água ou comida, culminado com a retirada do corpo por uma equipe de voluntários após 15 horas, parece escancarar os preconceitos e a negligência que os latinos-americanos sofrem em situações desafiadoras fora do país.
Enquanto isso, a família de Juliana anuncia nas redes sociais que deve ingressar uma ação na justiça da Indonésia contra a agência de turismo e o país pelo abandono e pela negligência diante do acidente. As imagens da jovem de 26 anos abandonada machucam o peito de qualquer brasileiro que passou por uma situação de desassistência diante de um acidente no exterior. No Brasil, o cenário de uma estrangeira acidentada em uma trilha teria sido um pouco diferente.
A outra verdade é que o Governo Federal estava de mãos atadas o tempo inteiro quanto a sua participação em ajudar a jovem Juliana. Mesmo que fique comprovada negligência na justiça, ainda há pouco o que o governo Lula (PT) pode fazer ao passo que procura construir novas relações diplomáticas e comerciais com a Indonésia, e é provável que o petista procure não desgastar as relações por agora, afinal um processo teria de ser aberto na Justiça da Indonésia.

Nessa semana, os Estados Unidos vetaram resolução apresentada no Conselho de Segurança da ONU que pedia um cessar-fogo permanente e imediato em Gaza

A velha promessa de resolver conflitos em "um dia" se transforma, na prática, em combustível para uma nova crise que pode durar anos

Ao insistir na manutenção de uma política monetária tão restritiva, o Copom priva o país de alternativas de crescimento sustentado

Enquanto brasileiros escolhem entre comer ou pagar a conta de luz, parlamentares garantem bilhões a empresários e partidos políticos — dois ataques seguidos à dignidade popular

Ministros do STF, políticos e jornalistas foram monitorados pela Abin paralela. No governo Bolsonaro, a Abin criou dossiês apócrifos e o Ministério da Justiça vigiou a movimentação de cidadãos comuns

O ano de 1971 se torna o momento em que a força de trabalho se torna mais produtiva e não observa o aumento na compensação pela maior geração de riqueza, seja para empresa ou para um país

Dia de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa revela falhas na proteção aos mais velhos no Brasil

Substituir o debate, a discordância e o consenso pela judicialização como meio de solução de conflitos é empobrecer a democracia e centralizar perigosamente o poder

Ao considerar esse dispositivo inconstitucional, o STF corrige uma distorção