O deputado estadual Amélio Cayres (Republicanos) foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins para o biênio 2025/2026 em votação realizada na noite desta sexta-feira, 29. A eleição, marcada inicialmente para às 19h30, teve início efetivo apenas às 20h35, após algumas articulações nos bastidores, com parlamentares reunidos na sala VIP da Casa para definir os detalhes finais da votação.

Apesar da expectativa inicial, a eleição foi marcada por chapa única, cuja composição sofreu mudanças em relação à mesa eleita em junho. Foram excluídos Vanda Monteiro, Jair Farias (ambos do União Brasil) e Moisemar Marinho (PSB). Para seus lugares, entraram Cleiton Cardoso (Republicanos), Janad Valcari (PL) e Marcus Marcelo (PL).

Dos 24 deputados estaduais, 23 compareceram à sessão extraordinária. O único ausente foi Júnior Geo (PSDB). Geo havia questionado a eleição quando ela foi apreciada na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), dizendo que a anulação da eleição e uma nova convocação deveriam ser tratados em sessões distintas.

Os integrantes da chapa única eleita são:

  • Amélio Cayres (Republicanos) – Presidente
  • Léo Barbosa (Republicanos) – 1º Vice-Presidente
  • Cleiton Cardoso (Republicanos) – 2º Vice-Presidente
  • Vilmar de Oliveira (SD) – 1º Secretário
  • Janad Valcari (PL) – 2º Secretário
  • Luciano Oliveira (PSD) – 3º Secretário
  • Marcus Marcelo (PL) – 4º Secretário

Bastidores

Apesar de marcada para às 19h30, a sessão começou de fato apenas às 20h38, com muitos parlamentares ainda fora do plenário. Até às 20h19, apenas Júnior Geo e Eduardo do Dertins (Cidadania) não haviam registrado presença, enquanto as articulações políticas se concentravam nos bastidores. A informação de que a votação ocorreria com chapa única já circulava nos corredores a partir das 20h, consolidando a ausência de oposição à composição articulada.

Sessão começou com uma hora de atraso | Foto: Fenelon Milhomem

Esta foi a terceira eleição realizada em 2024 para definir a Mesa Diretora da Assembleia. A primeira, que elegeu Léo Barbosa (Republicanos) como presidente, foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que a considerou inconstitucional. Na segunda, realizada em junho, Amélio Cayres já havia sido eleito presidente, mas temendo a judicialização novamente, Cayres pediu anulação da eleição e convocou uma nova. 

Leia também:

Marlon Reis: “A eleição na Aleto não resolve os questionamentos do STF e só agrava o problema”

Cinthia Ribeiro critica Aleto e levanta questionamentos sobre instabilidade no governo estadual