A Associação dos Praças e Policiais Militares do Estado do Tocantins (APRA) manifestou sua oposição à operação da Polícia Civil, que ocorreu  nesta terça-feira, 15, envolvendo mandados de busca e apreensão contra cinco policiais da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) e um agente da Guarda Metropolitana de Palmas. 

Os envolvidos são investigados por um homicídio que aconteceu em junho de 2024, no bairro Aureny III, na capital. A investigação aponta que o grupo teria simulado uma troca de tiros para encobrir a execução de Jaimeson Alves da Rocha, de 35 anos, plantando uma arma próxima à vítima para dar a impressão de um confronto armado. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão.

Críticas à abordagem

Conforme a APRA, a ação foi “desnecessária e desproporcional”, ressaltando que os procedimentos legais já haviam sido cumpridos anteriormente. No pronunciamento à abordagem realizada na operação, o representante jurídico da APRA, advogado Paulo Roberto da Silva, disse por meio das redes sociais a preocupação com a maneira como a Polícia Civil comunicou a situação, afirmando que “a polícia civil através da delegacia de homicídios, tenta colocar a sociedade contra a polícia militar do nosso estado”. 

O advogado destacou ainda que a imprensa já tinha conhecimento das acusações antes mesmo de os policiais serem informados, mencionando que “a maior chacina moral contra os militares foi quando a polícia civil fez publicar na imprensa que dois dos suspeitos de participaram em um ritual bate-o-batismo na morte de Jaimeson, após concluírem um curso de rondas ostensivas, táticas metropolitanas e Rotam”.

Em sua declaração, reforçou que a “desonra associada a essas acusações não traz credibilidade às investigações”, afirmando que “nós temos inúmeros militares que estão desde 2008 na Rotam e nunca tiveram o dissabor de entrar em confronto com meliantes”. 

Paulo Roberto reafirmou o compromisso da APRA em defender os direitos dos policiais militares: “nós não permitiremos que a Constituição da República Federativa do Brasil seja violada e que as suas leis, as leis que regem a Polícia Militar, sejam relegadas a um terceiro plano”. O advogado concluiu dizendo que os associados podem contar sempre com o apoio da APRA, afirmando: “estaremos sempre à sua disposição”.

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