Eduardo Gomes e Dorinha fortalecem presença do Tocantins no Senado com cargos estratégicos

Os senadores Eduardo Gomes (PL) e Professora Dorinha (UB) assumiram papéis de destaque no Senado Federal, fortalecendo a presença do Tocantins nas articulações nacionais. Gomes foi eleito vice-presidente do Senado no dia 1º de fevereiro e, nesta quarta-feira, 19, presidiu sua primeira sessão deliberativa. Já Dorinha assumiu a presidência da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), colegiado estratégico para o avanço de políticas voltadas à redução de desigualdades e infraestrutura nos estados.

Ao comandar a sessão deliberativa desta quarta-feira, Gomes deu início às votações das Medidas Provisórias 1.257, 1.258 e 1.260 de 2024, além do Projeto de Lei Complementar (PLP) 22 de 2025, que trata do prazo para liquidação de restos a pagar não processados. Também foi apreciado o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 683 de 2024, que trata do reconhecimento recíproco de carteiras de habilitação entre Brasil e Itália. Em seu primeiro pronunciamento à frente da sessão, o senador agradeceu a confiança dos colegas e destacou seu compromisso com o Tocantins e o país.

Já à frente da CDR, Dorinha terá papel fundamental na discussão de temas ligados ao desenvolvimento dos estados e municípios, incluindo a infraestrutura, a distribuição de recursos e políticas de incentivo ao turismo. Em seu discurso de posse, a senadora destacou que sua prioridade será a integração regional e a redução das desigualdades, utilizando a comissão como um espaço de debate para soluções que promovam crescimento econômico e melhorias para as diferentes regiões do Brasil.

A atuação dos dois senadores tocantinenses em cargos estratégicos pode abrir caminhos para demandas históricas do estado, como a infraestrutura ferroviária e rodoviária, além de facilitar a captação de investimentos. Um exemplo é a possibilidade de reverter o traçado da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), garantindo que a ferrovia passe pelo Tocantins, o que traria impacto positivo para o escoamento da produção e o fortalecimento da economia regional.

Com Eduardo Gomes na Mesa Diretora do Senado e Dorinha liderando a Comissão de Desenvolvimento Regional, o Tocantins ganha mais força nas decisões políticas de Brasília, podendo influenciar diretamente em pautas que impactam a população e o futuro econômico do estado.

Destaque nacional pode fortalecer candidaturas 

Os holofotes sobre Gomes e Dorinha são estratégicos nesse momento em que ambos tentam consolidar suas candidaturas para 2026. Eduardo Gomes para a reeleição do Senado e Dorinha para governadora.

Embora a atuação em Brasília possa não ser enxergada fisicamente pelos eleitores tocantinenses no dia a dia, o peso político de ocupar cargos estratégicos no Senado pode compensar essa ausência. Muitas vezes, parlamentares que se dedicam a articulações nacionais acabam sendo criticados por não estarem tão presentes nas bases eleitorais ou por não priorizarem agendas locais, como reuniões com prefeitos, vereadores e lideranças regionais.

No entanto, o destaque nacional pode impulsionar a visibilidade e o capital político de Eduardo Gomes e Dorinha, garantindo espaço na mídia e ampliando a projeção de suas candidaturas para 2026. Gomes, como vice-presidente do Senado, tem acesso direto ao comando da Casa e pode usar essa influência para destravar recursos e investimentos para o Tocantins. Já Dorinha, à frente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, pode pautar discussões estratégicas sobre infraestrutura e distribuição de recursos, consolidando sua imagem de gestora com experiência técnica e articulação política.

Além disso, o cenário eleitoral de 2026 pode ser altamente influenciado por fatores externos, como alianças partidárias e o desempenho de lideranças nacionais. Ter dois senadores tocantinenses com protagonismo no Senado pode abrir caminhos para negociações mais vantajosas e garantir que o estado tenha mais peso nas decisões políticas do país. O desafio para ambos será equilibrar essa atuação nacional com a necessidade de manter contato próximo com suas bases eleitorais, garantindo que os eleitores percebam os benefícios concretos de suas atuações em Brasília.