Por Elâine Jardim

Encontramos 1429 resultados
Lista
Confira lista dos 42 investigados pela PF por desvio de recursos na compra de cestas básicas

Operação desta quarta também tem como alvos, além da família do governador, secretários e ex-secretários

Covid-19
PF faz buscas na casa do governador Wanderlei Barbosa e de filhos em ação que investiga corrupção em compra de cestas básicas 

Cestas seriam destinadas para população carente durante pandemia da covid-19; outros 41 endereços da capital estão na mira da PF na manhã desta quarta-feira, 21

Justiça
Poderes acordam novas diretrizes para emendas parlamentares; implementação das regras ocorrerá em até 10 dias

Critérios de transparência, rastreabilidade e correção serão exigidos para a liberação de emendas

Eleições 2024
Justiça determina que secretária de Educação de Alvorada retire pesquisa eleitoral falsa de grupo de professores

Em uma decisão desta terça-feira, 20, a Justiça Eleitoral de Alvorada do Tocantins determinou que a secretária de educação do município de Alvorada, Vera Sonia Tomasi Almeida, retire imediatamente uma postagem relacionada a uma pesquisa eleitoral não registrada. A decisão foi tomada após uma representação apresentada pela Comissão Provisória do Republicanos de Alvorada do Tocantins, que alegou a divulgação irregular da pesquisa. O Jornal Opção Tocantins procura a defesa da gestora para saber se ela acatará a decisão.

A acusação afirma que, em 4 de julho de 2024, Vera Sonia Tomasi Almeida compartilhou imagens de uma pesquisa eleitoral no grupo de WhatsApp "Professores Mul 2023", composto por 81 membros. A pesquisa não estava registrada, o que contraria as normas eleitorais estabelecidas.

O autor da representação solicitou duas ações: a suspensão imediata da divulgação da pesquisa, com multa a ser fixada pelo juiz em caso de descumprimento, e, se a postagem não puder ser removida devido ao tempo decorrido, que a representada publique a decisão nos mesmos grupos para informar os participantes sobre a irregularidade.

A tutela antecipada foi inicialmente negada. A representada foi citada, mas não apresentou defesa, levando o autor a ajustar os pedidos. O Ministério Público apoiou a representação, destacando a importância de manter a integridade do processo eleitoral.

O juiz Fabiano Gonçalves Marques decidiu que a postagem deve ser removida e a decisão divulgada em 24 horas. Caso contrário, a multa será de R$ 50.000,00, além da possibilidade de crime de desobediência. A decisão busca garantir a regularidade do processo eleitoral e evitar abusos que possam comprometer a credibilidade do pleito.

A secretária será notificada para confirmar o cumprimento da decisão.

Seca
Tocantins começa a publicar relatório sobre níveis dos rios durante período de  estiagem

Estudo compara os níveis dos rios em 2022, 2023 e 2024, com dados da Sala de Situação da Semarh

Confira quem o governador Wanderlei Barbosa apoia para as prefeituras das dez maiores cidades do Tocantins

Partido do governador, o Republicanos, tem 1.193 filiados nas eleições municipais deste ano

Congresso
CGU investiga cinco cidades do Tocantins por alto valor per capita em emendas e falta de transparência

São elas Piraquê, Muricilândia, Bandeirantes, Talismã e Lavandeira 

Entrevista da Semana
Lúcia Viana: “nosso arco de alianças é com o povo”

Em entrevista ao Jornal Opção Tocantins, a candidata a prefeita de Palmas fala sobre suas propostas para melhorar a cidade de Palmas com a promoção de uma gestão mais próxima do palmense 

Justiça
X encerra operações no Brasil após decisão judicial; serviço permanece disponível

Fechamento de escritório segue suposto despacho de Moraes, mas STF não confirma

Exproração Mineral
Cinco cidades tocantinenses são retiradas da lista de municípios aptos a receberem royalties da mineração

Em julho, a Agência Nacional de Mineração (ANM) reduziu a um terço o número de municípios afetados pela produção de minério de ferro aptos a receber a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem). Dentre as cidades retiradas da lista, estão as cinco tocantinenses: Colmeia, Goianorte, Dois Irmãos, Pindorama e Sandolândia.

Na nova lista, a maioria das cidades contempladas são de Minas Gerais, estado natal do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Essas cidades receberão uma maior parcela da verba, que no ano passado foi distribuída entre municípios de Rio Grande do Norte, Tocantins, Amapá, Pará e Bahia.

O minério de ferro é o principal responsável pela arrecadação desses municípios, representando 89% do total. De um total de 100 municípios do Brasil, restaram apenas 31, sendo que apenas quatro não estão localizados em Minas Gerais. Silveira não se pronunciou sobre o assunto. A ANM justificou a mudança alegando que os critérios foram alterados para limitar os pagamentos a cidades que realmente contribuem para a produção mineral.

O Pará, que é responsável por 44% da produção de minério de ferro do Brasil, ficou com apenas uma cidade na lista. A ANM justificou a mudança citando novos critérios que exigem produção ativa e uso das estruturas minerárias para que as cidades recebam a contribuição. Prefeitos afetados afirmam que a mudança é injusta, e alguns estão recorrendo da decisão. A ANM reconheceu que a lista é provisória e poderá ser alterada se os municípios comprovarem erros nas declarações das empresas mineradoras.

Caso Sandolândia

Em entrevista ao Jornal Opção Tocantins, o prefeito de Sandolândia, Radilson Pereira Lima (PSC), disse que o impacto é significativo. “A perda é enorme. Desde o início da compensação em dezembro do ano passado, entraram mais de R$ 5 milhões. Neste ano, fizemos compromissos aguardando o recurso no nosso planejamento. Esperávamos que ele continuasse, pois recebemos esse valor de dezembro a março. Contudo, não recebemos mais. Acho que é possível que os recursos estejam sendo direcionados para municípios da região dele [presidente da ANM]”, desabafou.

O prefeito afirmou que estava destinando o recurso para saúde, educação e infraestrutura. “Estávamos utilizando esses recursos para melhorar estradas, realizar asfaltamento e outros serviços de infraestrutura. É realmente uma situação lamentável para Sandolândia”, disse.

Histórico

Em dezembro de 2022, ainda no governo Bolsonaro, o Congresso aprovou uma lei que expandiu o escopo de municípios que poderiam ser beneficiados pela Cfem. No entanto, em 2023, o Ministério de Minas e Energia, já sob a gestão de Alexandre Silveira, revisou o rateio dos recursos, resultando na demora para a edição de um novo decreto. O pagamento do ciclo 2023/2024, que deveria ter começado em maio, foi realizado apenas em dezembro.

A partir de agora, apenas os municípios com registros ativos de mineração e uso de estruturas produtivas comprovado receberão a Cfem. A ANM estabeleceu um novo sistema onde as mineradoras fornecem as informações que determinam o valor a ser distribuído. A ANM explicou que a mudança se deu para garantir que apenas municípios com contribuição efetiva para a produção mineral recebam os recursos, mas reconheceu que as informações fornecidas pelas mineradoras podem não refletir a realidade. A lista divulgada em 24 de julho é provisória, e os municípios tiveram até o dia 12 de agosto para apresentar recursos.

A concentração de cidades mineiras na lista de beneficiárias da Cfem-estruturas, onde 87% dos municípios atendidos estão em Minas Gerais, teve início com uma nova interpretação do decreto de 2023 da ANM. O diretor da agência, Caio Seabra, mineiro indicado por Silveira, emitiu um parecer vinculando a Cfem-estruturas à produção mineral, o que acabou beneficiando cidades de Minas Gerais. Seabra afirmou que a decisão foi colegiada e seguiu os procedimentos legais da ANM, sendo aprovada pela maioria dos diretores da agência.