Por Elâine Jardim

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Atos estão publicados no Diário Oficial do Município (DOM) desta quarta-feira, 1º de janeiro

Com 12 votos, o vereador Marilon Barbosa (Republicanos), irmão do governador Wanderlei Barbosa, foi eleito presidente da Câmara de Vereadores de Palmas na tarde desta quarta-feira, 1°. Seu adversário, Folha (PSDB), obteve 11 votos. O pleito foi marcado por intensos debates, tentativas de dissolução de chapas e uma disputa judicial. A votação para o restante da mesa diretora ainda está sendo realizada.
A eleição aconteceu em clima de tensão, com a sessão solene sendo cancelada duas vezes antes da votação. Antes do pleito, Folha protocolou um pedido de impugnação da chapa de Marilon, argumentando que o registro havia ocorrido antes da diplomação, o que seria uma infração ao regimento interno da Casa. Durante os discursos, Uchôa afirmou que já havia sido devidamente diplomado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), rejeitando as alegações de nulidade.
Os debates esquentaram quando Marilon acusou Folha de agir de forma autoritária, chamando-o de "ditador", enquanto Folha respondeu de maneira sarcástica, declarando que "Marilon é especial".
A contagem dos votos confirmou a vitória apertada: 12 a 11.
Apesar das polêmicas, inclusive de ter "confinado" parlamentares para não serem coagidos a mudarem de lado, Marilon Barbosa assume a presidência com a promessa de fortalecer o legislativo e manter a interlocução com o governo estadual.

A sessão preparatória para a posse dos 23 vereadores começou com atraso na manhã desta quarta-feira, 1º. Com a Casa de Leis lotada, os trabalhos foram conduzidos depois das 9 horas, uma hora mais tarde que o horário marcado. Nos bastidores, o atraso foi justificado pelo confinamento que os vereadores que apoiam Marilon Barbosa (Republicanos) teriam passado em Lagoa da Confusão.
O primeiro vereador a chegar foi Carlos Amastha (PSB), seguido do vice-prefeito Carlos Velozo, Márcio Reis (PSDB), Folha (PSDB), que é candidato à presidência, Iolanda Castro (Republicanos) e Marycats (Podemos). Dos vereadores confinados, Rubens Uchôa (UB) foi o primeiro a chegar.
A sessão solene foi conduzida por Márcio Reis PSDB), vereador mais bem votado no pleito. Foram escolhidos como primeiro secretário o vereador Walter Viana (PRD) e a vereadora Thamires Lima do Coletivo Somos (PT), como segunda secretária. No entanto, a condução de Marcio Reis foi questionada, pois ele deve concorrer na chapa de Folha. O trabalho prosseguiu mesmo assim.
O prefeito eleito Eduardo Siqueira Campos (Podemos) fez parte da mesa como convidado, assim como o vice-governador Laurez Moreira (PDT), representando Wanderlei Barbosa (Republicanos), que não compareceu ao evento. No entanto, o filho do governador, o deputado Léo Barbosa (Republicanos) e o pai, Fenelon Barbosa, que é ex-prefeito de Palmas, marcaram presença.
O vice-prefeito Carlos Velozo foi o único que não era parlamentar a fazer um discurso. Ele é pastor e aproveitou a oportunidade para passar uma mensagem bíblica durante a solenidade.
Sem poder entrar no plenário, alguns jornalistas se aglomeram do lado de fora. Um cinegrafista chegou a ser agredido verbalmente por um segurança da Casa. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins repudiou o tratamento dado aos profissionais da imprensa na posse.
O sindicato disse que o espaço não foi organizado para o trabalho dos profissionais que precisavam cobrir a solenidade. “Esperamos que a próxima legislatura repense no tratamento dado aos profissionais da imprensa que contribuem para a divulgação dos atos desta casa”, diz o texto.

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