O estado do Tocantins registrou seca em toda a sua extensão territorial, segundo os dados mais recentes do Monitor de Secas, que acompanha o fenômeno em todo o Brasil. O relatório, que analisou o período entre julho e agosto de 2024, mostrou que, além de manter a totalidade do território sob seca, houve uma intensificação da condição climática. A área com seca grave aumentou de 21% para 32%, o que representa um agravamento das condições em comparação aos meses anteriores. As consequências diretas dessa seca são o agravamento de doenças respiratórias e o aumento no número de queimadas. 

Os dados do Monitor das Secas, que é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), ainda mostram que este  é o pior cenário para o Tocantins desde setembro de 2021, quando 36% do estado também registrava seca grave, mas nem todo o estado estava na condição de seca. A continuidade e a expansão da seca são fatores de alerta, especialmente considerando os impactos para a produção agrícola, o abastecimento de água e a saúde da população nas regiões mais afetadas.

No cenário nacional a seca também foi registrada em 19 estados, com intensificação na região Norte, nos estados do Amazonas e Pará e no Centro-Oeste, onde todos os estados tiveram suas áreas afetadas pelo fenômeno.  Em todo o Brasil,  a extensão da área afetada pela seca aumentou de 7,04 milhões de km² para 7,62 milhões de km² entre julho e agosto, cobrindo 89% do território nacional. O único estado que permaneceu livre da seca foi o Rio Grande do Sul.